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"The Ultimate Holiday Reads by Destination": viagens literárias!


Há poucas coisas mais relaxantes do que deitar em uma espreguiçadeira na beira do mar e saber que a sua única tarefa no dia é ler algumas páginas do livro que você acabou de comprar no aeroporto. Ou, pra quem é mais tecnológico, que baixou no seu Kindle. Melhor ainda. Que tal ler uma obra baseada em seu destino de férias? Seja as belíssimas praias na Grécia, um fim de semana nos Países Baixos ou algum local um pouco mais longe.    

Para os amantes da literatura, a Fly Abu Dhabi criou uma lista de bons títulos para entreter o público durante os voos da companhia. Eles selecionaram livros baseados no destino de viagem de seus clientes para acompanhá-los em feriados, excursões ou numa simples leitura à toa.  

O infográfico "The Ultimate Holiday Reads by Destination" apresenta o destino de destaque da obra, seu autor, uma breve sinopse do livro e o nível de concentração recomendada. As indicações passam de clássicos como "100 Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez, até os mais contemporâneos como "A Menina Que Roubava Livros", de Markus Zusak. 

Confira abaixo trechos do infográfico de viagens literárias:







Curtiu a ideia? E se os destinos fossem locais, em solo tupiniquim: quais seriam as obras indicadas?

Emily Antonetti


O Rei Branco

[ótimo]

Título: O Rei Branco
Autor: György Dragomán
Editora: Intrínseca

Sinopse:
Certo dia Dzsáta sai mais cedo da aula e encontra seu pai indo embora em um furgão, levado por alguns homens, esses insistem que o pai dele se apresse, mas ele é muito firme, ele pede cinco minutos para se despedir de seu filho, que esse tempo não vai fazer diferença e que eles devem ter filhos e sabem como é isso. Cinco minutos é o tempo que ele tem com o pai. Ele explica que os homens são seus colegas de trabalho, que aconteceu algo muito urgente e que ele vai ter que ficar uma semana fora, talvez um pouco mais. Mas que não é necessário que Dzsáta se preocupe, ele volta, enquanto isso ele deve ser um bom menino e tomar conta de sua mãe. Os cinco minutos acabam.
Já se passou meio ano desde que seu pai foi levado, as cartas são poucas, nelas seu pai escreve que logo ele estará de volta para casa, mas ele nunca volta. Ele perdeu o natal, o ano novo, mas Dzsáta ainda espera ansiosamente pelo retorno do pai. A verdade vem a tona quando certo dia os colegas de seu pai aparecem em sua casa querendo fazer uma busca e sua mãe se nega, eles então revelam para Dzsáta que seu pai foi preso por tramar contra o governo e que ele está fazendo trabalho forçado e que por ser uma pessoa fraca logo morrerá. O mundo do garoto muda com essa notícia, mas ainda há esperança, é preciso manter a esperança de que seu pai irá voltar.


Meu cantinho:

Esse é um livro que certamente é pouco divulgando. Sempre que eu vejo novos lançamentos, sinopses pela internet, indicações de livros, geralmente são os livros mais comuns, mais batidos. Normalmente livros como esse não ganham visibilidade em blogs de leitura. Eu sempre dou uma procurada pela internet para ver as novidades em livros, mas nunca li nada sobre ele. Esse livro foi de fato um achado meu. Encontrei O Rei Branco perdido nas prateleiras de uma livraria, e quando li a resenha do livro senti que a história parecia ser muito bonita e que eu precisava comprá-lo. Foi um investimento maravilhoso, parece meio clichê eu falar que ele te prende até a última página e que é impossível para de ler e não se emocionar, mas é exatamente o que esse livro fez comigo.
Essa história é definitivamente um dos mais bonitas e tristes que eu já li. É horrível você pensar em tudo o que essa criança passou, na inocência que aos poucos é tirada de Dzsáta, na esperança que ele se esforça para manter viva, no desejo sincero de rever seu pai. Não há como não se encantar com a história desse garoto e desejar sinceramente que seus desejos se realizem.
Eu geralmente me encanto muito com livros que são contados pelo ponto de vista de criança, e como elas encaram esse mundo de guerra e atrocidades no qual os adultos vivem. Ele mantém sua inocência o máximo de tempo possível, mas acaba sucumbindo aos poucos. Você vê Dzsáta assumindo as funções que antes eram do pai, com pequenas atitudes em casa, com pequenos gestos de carinho que geralmente o pai teria com a mãe. Eu terminei esse livro com o choro preso na garganta e um gostinho de quero mais. Recomendo!


Volume único.


Dudi Kobayashi 

"Unicórnio de sorvete": o sabor da amizade!


Dizem que o sorvete é um ótimo digestivo com vários benefícios para o corpo. Também dizem que o seu sabor favorito pode definir a sua personalidade: doce de leite para os meigos, morango para os introvertidos e chocolate para os mais dramáticos e sedutores.


As sorveterias se tornaram um dos meus lugares preferidos na cidade. Observo de longe, pelas janelas de vidro do local, as pessoas que se aproximam dessa fábrica de sonhos docemente gelados. Há um ritual curioso pairando por lá que faz todos perderem a noção de tempo. O único prazo que está valendo é a colherada final.

Entro no local quando avisto a chegada da Mel, minha amiga e co-observadora local. Hoje, o dia havia sido intenso. Daqueles que de tão esgotante fazem com que uma boa dose de açúcar seja muito bem vinda. Apesar de que, nesse momento, o meu corpo peça pela minha casa, um banho quente e uma noite de sono tranquilo. Mas, num ato de rebeldia espontânea, aceitei o convite dela para sair e os meus pés me guiaram automaticamente até a sorveteria. Aquela que inspira meus dias mais entretidos, preenche-os de energia positiva e compensa os desencantos mais incômodos.

Foi lá que, sentada na mesa, avistando o sol se pôr no horizonte, um pensamento cruzou a minha cabeça. Há quanto tempo estou repetindo os mesmos padrões? Sim, de sabores pela vida. Uma pontada de melancolia me atravessa feito um flash. É engraçado. O destino caprichoso faz e desfaz várias vezes os nossos caminhos, coloca e tira pessoas das nossas vidas sem perguntar - se quer - a nossa opinião. 

No entanto, é nos instantes de impulso que traçamos muitas decisões. Naqueles impulsos que nos ultrapassam, nos envolvem e nos chacoalham da maneira mais inesperada - como se sempre estivessem estado ali. A única opção entre todas as possibilidades. Escondida. Atrás do assalto final. 

Continuo dando voltas com a mente até o momento em que escuto a atendente perguntar para a Mel qual o sabor que ela queria. "Qualquer um", minha amiga responde. A moça, perdida, pergunta novamente. Mel então responde: "pode ser esse azul mesmo. Que está mais firme". Sem entender muito, a atendente segue a instrução e entrega a casquinha. De volta à mesa, questiono: "Não entendi nada. Como assim?". Mel ri, encara o sorvete colorido e, num piscar de olhos, empurra-o até a sua própria testa: "unicórnio de sorvete, oras". Nós duas caímos na gargalhada e ela logo explica: "pra dias ruins, o segredo é descontrair. Ah, e achar um sorvete resistente". 


Observo o sorvete descolar da testa dela, escorregando lentamente e deixando um rastro grudento feito um céu desabando. "É, tem razão. Você fez o meu dia, sua doidinha", comento enquanto o meu sorvete também vai derretendo pela mão. O sabor? A tranquila baunilha. Aliás, dizem por aí que a baunilha é o sabor favorito dos idealistas e impulsivos. Será? Ah, por hoje, quem sabe. 

Emily Antonetti

Conheça o site Le Livros!


Deu aquela vontade de ler um livro, mas você está completamente sem grana? Uma alternativa maravilhosa é o site Le Livros. O site possui um acervo imenso, com mais de 3.000 obras e é totalmente gratuito. 

Os livros são disponibilizados por meio de doações. Ou seja, pessoas que compraram os e-books podem enviá-los por email e os mesmos serão formatados e publicados. O Le Livros não tem fins lucrativos.

Sempre tem atualizações com novos livros. E no acervo você encontra para download grandes clássicos, diversos lançamentos e livros popularmente 'desconhecidos', de tudo um pouco. Eu sinceramente fico impressionada com a rapidez com que os grandes lançamentos são disponibilizados no site até. 

O que mais gostei no site é que ele abrange diversos assuntos, sendo que outros grupos/fóruns/blogs que encontrei pela net são mais focados em um determinado gênero. Outro diferencial maravilhoso do Le Livros, é que - além deles disponibilizarem os arquivos pra você ler online - pode ser feito download em três formatos: ePUB, mobi e PDF!

Além de obras de ficção, o site conta com diversas outras categorias, como livros didáticos, biográficos, cursos e turísticos.

O layout do site é simples e é fácil de se mexer. Todo o conteúdo também está facilmente localizável por meio da busca e bem dividido em categorias.

Gostou então confere lá: http://lelivros.red/

Larissa Klein


A profecia das pedras

[bom]

Título: A profecia das pedras
Autora: Flavia Bujor
Editora: Planeta Jovem

Sinopse:
Jade, Opala e Âmbar são três meninas muito diferentes. Jade é uma menina rica, que adora ostentar, e que é muito mimada pelo pai. Âmbar nasceu em uma família pobre, mas nem por isso é uma menina infeliz. Muito pelo contrário: ela aprendeu a apreciar o que realmente é importante nessa vida e se alegra por ter tudo o que precisa. Opala é uma menina fria, criada sem muitas demonstrações de carinho, sempre foi muito solitária. Meninas diferentes, mas que tem seus destinos ligados. No aniversário de 14 anos elas descobrem que precisam abandonar suas famílias e partir pelo mundo para cumprir uma profecia destinada a elas, mas elas devem ter muito cuidado e não podem confiar uma na outra, a profecia diz claramente que uma delas levará as outras em direção a morte.

Meu cantinho:
Pedi esse livro de presente para minha mãe no meu aniversário de 14 anos, eu estava super animada para ler esse livro porque tinha sido escrito por uma menina da minha idade, que vivia na França. Eu pensava: se ela pode escrever um livro com 14 anos e publicar porque eu não posso? Bem, eu te digo porque eu não posso: se você não escrever um livro até o final, fica difícil. 
Lembro que na época em que eu li, esse se tornou um dos meus livros preferidos, eu fiquei muito envolvida, fui cativada por alguns dos personagens, me surpreendi com as reviravoltas na história e achava sinceramente que nunca iria encontrar um  livro melhor. Acontece que as pessoas amadurecem, e lendo esse livro hoje acho a história um pouco “fraca”, mas por fraca eu quero dizer que ela me encantava mais aos 14 anos. A história tem fantasia, tem romance e tem personagens muito distintos (quando eu escrevia aos 14 anos alguns dos meus personagens eram muito iguais, outros eram diferentes, mas de uma maneira muito forçada). Ele é para um público mais juvenil, por isso relendo com meus mais de vinte anos nem tudo é tão cativante quanto era. Contudo, certamente é uma leitura que vale a pena para quem gosta de mundos fantásticos, de coisas impossíveis, de fantasia, é uma leitura pra quem precisa reviver sua fé de quando criança de que coisas mágicas realmente podem acontecer.

Volume único.

Dudi Kobayashi 

Vango – Entre o Céu e a Terra: Thriller histórico entreguerras


O período chamado Entreguerras, de 1918 a 1939, foram anos de suposta paz, mas o mundo vivia um momento negro. O nazismo e fascismo se desenvolviam, com Hitler e Mussolini semeando suas ideologias, assim como Stalin na União Soviética. Os países sabiam que era uma questão de tempo (Pouco tempo) até que outro conflito explodisse. E é nesse tempo da História mundial que se situa o livro Vango – Entre o Céu e a Terra, de Timothée de Fombelle.


Há uns dias a Editora Melhoramentos entrou em contato comigo para me enviar o seu lançamento Vango (Por falar nisso, muito obrigada!). Fiquei super empolgada porque o enredo histórico prometia misturar realidade e ficção, junto com bastante mistério e uma pontinha de romance. Não fiquei decepcionada: Me entregaram o que prometeram e ainda mais!

O momento que a história passa é real, assim como vários personagens. Encontramos nas páginas Hitler, Stalin, Hugo Eckener, comandante do Graf Zeppelin, diretores da Gestapo, e outras pessoas que de algum modo modificaram a sociedade. E entre eles há também os personagens fictícios, como Vango, do título. O rapaz é um mistério, um órfão sem passado.

Justo na hora que Vango seria ordenado padre a polícia aparece na cerimônia na Catedral de Notre Dame para prendê-lo, assim como um atirador começa a mirar no seminarista e disparar. Mesmo sem saber do que estava sendo acusado ou o que fez para merecer levar tiros, Vango foge escalando os vitrais da igreja. Ele, que já tinha sido diagnosticado com paranoia na adolescência, não queria ficar para descobrir quem estava perseguindo-o. Desde muito jovem ele teve a sensação de que outros os seguiam.

Timothée de Fombelle
Não virar padre o deixou muito triste, mas a jovem escocesa Ethel quase deu pulos de alegria. Ela havia conhecido Vango há alguns anos e encontrou nele razões para voltar a viver e sentia que era recíproco. Mas a fuga alucinada do rapaz fez com que Ethel também o perseguisse, mas por outros motivos. E nessa busca de três lados, com Vango correndo por vários países, vamos descobrindo, junto com o próprio protagonista, a sua história há anos esquecida.

Vango é um deleite para quem gosta de História. Timothée de Fombelle basicamente nos dá aula sem ser maçante ou chato. Em meio a um thriller emocionante, o leitor é situado no período conturbado do mundo e em locais famosos, como Paris, ilhas na Sicília, as Highlands escocesas, São Petersburgo e mesmo o Brasil, que é citado várias vezes quando o assunto é o Graf Zepelim, o dirigível mais famoso do mundo no início do século XX.

O enredo do livro é muito interessante. O autor dá as informações devagar, nunca entrega da bandeja, e assim como Vango fica curioso sobre o seu passado, o leitor morre de ansiedade para saber que confusão toda é essa. Apesar de encontrarmos algumas respostas no final da obra, muito fica em aberto para ser resolvido na sequência, Vango – Um Príncipe Sem Reino.

A escrita de Timothée de Fombelle é ágil, dinâmica e em terceira pessoa. O livro é dividido em três partes e temos a visão de vários personagens ao mesmo tempo, não apenas do protagonista. Além disso há flashbacks do passado. Tudo vai encaixando num quebra-cabeças aparentemente sem sentido e que entrelaça todos os núcleos de personagens.

identidade visual do livro ficou muito bacana. A capa é linda e simples e por dentro há algumas ilustrações que ajudam entender melhor alguns aspectos do livro, como a planta do dirigível. No final de Vango há algumas explicações históricas sobre a guerra e sobre os personagens reais. Achei interessante que a escrita foi impressa em letras vermelho escuras, ao invés de preto ou cinza, como é o comum. No começo achei que poderia cansar a visão, mas isso não aconteceu, pelo contrário. Foi bem leve.



Vango – Entre o Céu e a Terra é classificado como infanto-juvenil, mas não torça o nariz se você não gosta do gênero! Eu, sinceramente, achei ele um thriller histórico e policial recomendado para todas as idades.

Recomendo muito.

Teca Machado



"What To Draw And How To Draw It": o livro de ilustrações que inspirou a carreira de Walt Disney!


Muitos nomes de gigantes da animação da atualidade se inspiraram no legado do ícone cultural Walt Disney para produzir seus trabalhos. Entretanto, em quem será que Disney se inspirou para criar seus populares personagens Mickey Mouse, Pato Donald ou Pateta, por exemplo?

(Imagem: reprodução/E.G. Lutz - "What To Draw And How To Draw It")
O clássico "What To Draw And How To Draw It", de Edwin George Lutz, pode ser a resposta em forma de livro. Publicado originalmente em 1913, a obra ofereceu a direção de arte para o arranque de muitos iniciantes - entre eles, o próprio Walt Disney. 

(Imagem: reprodução/E.G. Lutz - "What To Draw And How To Draw It")
"What To Draw And How To Draw It" é um guia passo-a-passo com instruções básicas que ensinam como desenhar gatos, ratos, cavalos, corujas, entre outros animais. A estética simples é o grande segredo para auxiliar o leitor a criar ilustrações graciosas de maneira rápida. 

(Imagem: reprodução/E.G. Lutz - "What To Draw And How To Draw It")
(Imagem: reprodução/E.G. Lutz - "What To Draw And How To Draw It")
(Imagem: reprodução/E.G. Lutz - "What To Draw And How To Draw It")
(Imagem: reprodução/E.G. Lutz - "What To Draw And How To Draw It")
E.G. Lutz é considerado o avô dos livros estilo "Como desenhar..." e suas obras são, até hoje, relançadas como incentivo para novas gerações. Se você é amante do trabalho de Walt Disney ou um iniciante em animação, esse guia irá deliciá-lo com tanto charme. Uma ótima dica para explorar o seu lado criativo. 

Gosta de desenhar? Dê uma olhada em outras páginas de amostra deste maravilhoso livro abaixo e se inspire a desenhar também.

(Imagem: reprodução/E.G. Lutz - "What To Draw And How To Draw It")
(Imagem: reprodução/E.G. Lutz - "What To Draw And How To Draw It")
(Imagem: reprodução/E.G. Lutz - "What To Draw And How To Draw It")
(Imagem: reprodução/E.G. Lutz - "What To Draw And How To Draw It")
(Imagem: reprodução/E.G. Lutz - "What To Draw And How To Draw It")

Emily Antonetti

As doces aventuras de Calvin & Haroldo


Se você era uma criança que preferia brincar a ir para a escola, inventava histórias nas quais ninguém acreditava e não entendia como os adultos conseguiam trabalhar tanto e descansar tão pouco, não se preocupe: você era uma criança feliz. E hoje, adulto(a), você pode encontrar um pouco de si em Calvin, personagem criado pelo quadrinista Bill Watterson.

Há mais de 19 anos não há tiras novas de Calvin: Watterson optou por parar de criá-las em dezembro de 1995. Mesmo assim, a série “Calvin & Haroldo” (“Calvin & Hobbes”, no original) ainda faz sucesso pelo mundo. Calvin e Haroldo realmente deixaram saudades. Mas temos, é claro, a compensação de podermos reencontrar esses velhos amigos nas várias coletâneas e reedições de seus quadrinhos.


O box que eu tenho vem com sete livros, como você vê na foto acima. E se você vive de baixo de uma pedra e não conhece esses personagens, Calvin é um garoto de seis anos de idade cheio de personalidade, que tem como companheiro Haroldo, um tigre sábio e sardônico, que para ele está tão vivo como um amigo verdadeiro, mas para os outros não é mais que um tigre de pelúcia. De acordo com algumas visões, as fantasias mirabolantes de Calvin constituem frequentemente uma fuga à cruel realidade do mundo moderno para a personagem e uma oportunidade de explorar a natureza humana para Bill Watterson.


O grande mérito dos quadrinhos é trazer grandes (e pequenas) questões existenciais em histórias divertidas, cativantes, inteligentes, sarcásticas e o mais importante: acessíveis a todos. Crianças podem ler. Adultos podem ler. E ambos vão gostar. Enquanto Calvin brinca com Haroldo na neve, finge ser um dinossauro, teima com seus pais ou ainda arruma formas de não fazer seu dever de casa, ele te leva a questionamentos intrigantes e você está pensando naquilo sem nem perceber.

Certamente os fãs da série reencontrarão nos livros alguns momentos favoritos e muitas imagens inesquecíveis. Para mim nada se compara à emocionante tirinha em que Calvin entra em casa gritando desesperado que um “cachorrão” tinha roubado o Haroldo; no quadro seguinte, agarrado à perna de sua mãe seu rosto traz a expressão do desolado desespero de alguém que acabara de perder seu “melhor amigo”.


As tirinhas do Calvin e Haroldo nos trazem uma inocência doce, um humor puro e uma profundidade rara. É uma leitura leve, atemporal e cativante, capaz de levar embora um pouco da seriedade que vamos acumulando ao longo dos anos. Eles serão uma ótima companhia por muitas e muitas horas. Depois, esperarão impacientemente na estante, para fazer amizade com seus filhos e netos. Daquele jeito inquieto que só a infância e os bichos de pelúcia podem ser.

E aí você é fã de Calvin & Haroldo?

Larissa Klein


Série: Os últimos quatro livros da Becky Bloom! ♥

Uma das minhas metas literária desse ano era terminar de ler os quatro últimos livros da série Becky Bloom (a nossa consumista número um do mundinho literário). Dito e feito! Terminei todos e estou mega ansiosa pelo sétimo, que será lançado em setembro na Bienal do Livro, com a presença da autora Sophie Kinsella. Para o assunto não ficar muito repetitivo, resolvi preparar um post com as sinopses e o que achei de cada um. Vamos lá? ;-) 

Os quatro últimos livros sobre a consumista número 1 
do mundo literário: Becky Bloom!

Livro: As listas de casamento de Becky Bloom (terceiro livro) 
Sinopse: Becky Bloom está em sua terceira aventura consumista. Mas não aprendeu, ainda, a controlar seu cartão de crédito. Por sorte arrumou um bom emprego e namora o fofo do Luke, que acabou se acostumando com sua compulsão por compras. As coisas parecem bem, até que Becky fica noiva. Perfeito! Sua mãe imediatamente começa a organizar a festa, na Inglaterra. Mas a bruxa da sogra, entra em ação e põe na cabeça da Becky que ela pode ter o casamento dos sonhos. Mas em Nova York. Uma festa cinematográfica no melhor hotel. Claro que os olhos dela brilham e Becky se empolga. Só que ela esquece de um pequeno detalhe: contar à mãe que mudou de ideia. Ou seja? Lá vem problema: duas festas de casamento marcadas com o mesmo noivo, para o mesmo dia e em continentes diferentes. 
Minha opinião: De todos, foi o que eu menos gostei. A leitura é divertida, prende a atenção, mas um pouco cansativa. Eu acho que não precisava enrolar tanto para o fim, que na minha opinião, deixou a desejar. Esperava uma solução diferente para o problema que a Becky criou, sabem? Porém, independente disso, acho que vale embarcar na história. Rende muitas risadas! 

Livro: A irmã de Becky Bloom (quarto livro)
Sinopse: Becky achou que casar com Luke seria o casamento dos sonhos. Porém, viu que a realidade é muito mais dura. O problema começou na lua de mel, quando contou uma mentirinha boba a Luke, sobre uma compra de nada. Agora ela está com o orçamento contado, não tem emprego e o pior de tudo: sua amiga Suze tem uma nova "melhor amiga". Becky está na maior deprê quando de repente recebe uma notícia: tem uma irmã!!! Como assim? Isso mesmo! Becky fica mega empolgada. Finalmente uma irmã para compartilhar tudo, passear no shopping... Só que tem um porém: sua irmãzinha odeia o verbo "comprar" e tudo que tem a ver com esse mundinho consumista. 
Minha Opinião: Diferente do anterior, amei esse livro. A leitura flui que é uma beleza e a gente ri muito com as armações da Becky, a mudança de comportamento dela e tal. Acho que ela realmente amadurece. Mas sem deixar a essência de lado (óbvio). Algumas partes eu odiei a Jess (a irmã) profundamente. Enquanto a Becky é muito, ela é nada, sabem? Mas no final a gente vê um certo equilíbrio e passa a querer uma irmã igualzinha (er... quer dizer... mais ou menos hahaha). E no final: uma surpresa linda, que vai mudar a vida de todos os personagens para a melhor (ou não, depende do ponto de vista hahaha). 

Livro: O chá-de-bebê de Becky Bloom (quinto livro)
Sinopse: A vida de Becky não poderia estar melhor: um novo emprego, uma futura casa perfeita, um marido incrível (família e amigos também) e um baby; Isso mesmo: um bebê! Nada poderia estragar esse momento incrível, né? Errado! Becky cisma com uma obstetra famosa, só que a tal da médica é ex-namorada do Luke. Confusão na certa, já que a fulaninha mostra que o sentimento pelo marido da Becky não morreu. Só que nossa futura mamão não deixa barato, mesmo com tudo desmoronando.
Minha Opinião: Muito comédia o livro, gente! Apoiei (quase) todas as armações da Becky e deu vontade de mandar aquela "médicazinha" catar coquinho na ladeira (pra não dizer outra coisa). Ô mulher vaca (desculpem o termo hahaha). E quase levei um susto com as atitudes do Luke. Mas o mundinho é uma caixa de surpresas e esse livro também. Adorei o final! 

Livro: Mini Becky Bloom - Tal mãe, tal filha (sexto livro)
Sinopse: Becky agora tem uma mini companheira (inclusive de compras): sua filha Minnie, de 2 anos. Um anjinho que dá um trabalhão e deixa todo mundo louco. Além de ter que lidar com o temperamento nada fácil da Minnie, Becky precisa encontrar um lar para sair de casa dos pais, convencer o Luke de ter mais um filho e enfrentar uma grande crise financeira. Todos estão cortando gastos, inclusive seus clientes na The Look (emprego da Becky). Para reduzir as despesas, Becky faz uma promessa: não comprar nada até usar todos os todos os itens do seu armário pelo menos umas três vezes. E o que ela faz para diminuir a tensão de todos? Arma uma festa surpresa para comemorar o aniversário do Luke, mas vai descobrir que a tensão vai aumentar ainda mais. 
Minha opinião: Para variar, a leitura é mega divertida. O nome do livro é bem legal, mas não combina tanto com a história, já que o foco não é a filha deles. A Minnie até tem destaque, mas esperava mais. Porém, vale embarcar. Becky continua com aquelas ideias mirabolantes, armando altas confusões e, no final, até nós leitores assíduos somo surpreendidos. A babá é estilo SuperNanny e mostra quem (não) está agindo da melhor forma. Não sinto mais tanta raiva da mãe do Luke e, apesar do nome (não que seja feio, mas esperava outro), a Minnie é uma fofura. Imagino a mini Becky roubando os produtos de beleza da mãe, sapatos e tudo que for desse mundinho fashion e consumista. Queria tanto um filme mostrando essa parte da história. Quem sabe, né? 

***

Pronto, gente! ;-) Lembrando que em setembro, na Bienal do Livro (Rio de Janeiro), a autora Sophie Kinsella vai marcar presença (uhul \o/) e lançar o mais novo livro da série. Se eu não me engano, a nova aventura da Becky será em Hollywood. Mega ansiosa!!! 

Já leu? Conta o que achou! Ainda não? Fica a dica! 

Beijos,
Carol Daixum. 

O mundo fashion nos livros de colorir


Você provavelmente já ouviu falar sobre a moda dos livros de colorir, certo? Falei sobre isso aqui e aqui. Tendo como objetivo ser antistress, a maioria deles contém figuras de jardins, flores, animais, contos de fadas e outros aspectos da natureza. Mas agora os amantes do mundo fashion também são contemplados no universo do lápis de cor com o livro My Wonderful World of Fashion (Meu Maravilhoso Mundo da Moda), de Nina Chakrabarti.


Um livro interativo para fashionistas de todas as idades, My Wonderful World of Fashion está recheado de ilustrações lindas e sofisticadas relacionadas à moda para colorir. É uma viagem pelas eras, do histórico ao vintage e ao atual, com vestidos, bolsas, sapatos, camisetas, calças, acessórios, chapéus e muito mais itens do guarda-roupa

A obra incentiva a criatividade porque além de colocar cores, o leitor (ou seria pintor?) também pode incrementar os desenhos, adicionar estampas, criar detalhes e acessórios.





Há também tutoriais para pintar de como fazer um sari, como transformar um guardanapo em lenço de pescoço, como tingir uma camiseta no estilo anos 1970 e outros. Com notas chamadas de “Você sabia...?”, a autora e ilustradora conta ao leitor fatos históricos da moda de outras culturas, assim como curiosidades desse universo que tanto chama a atenção.

My Wonderful World of Fashion ainda não foi lançado no Brasil, mas pode ser adquirido em algumas livrarias on line. Fora do país o sucesso do livro foi tão grande que já há outros volumes: My Even More Wonderful World of Fashion (Meu Ainda Mais Maravilhoso Mundo da Moda), My Wonderful World of Fashion Postcards (Meu Maravilhoso Mundo de Cartões Postais de Moda) e My Wonderful World of Shoes (Meu Maravilhoso Mundo de Sapatos).








Saiba mais sobre os livros e a autora aqui.

Se você ainda não entrou na onda dos livros de colorir, aposto que ficou morrendo de vontade agora que viu os livros de Nina Chakrabarti!

Teca Machado



Nesse Dia dos Namorados, vá em um "encontro às cegas.... com um livro"!


Já sabemos que não se deve julgar um livro pela capa, certo? Mas, o que fazer em relação ao título, autor ou enredo? Em uma tentativa de atrair clientes, uma livraria australiana começou a vender obras completamente envoltas em papel pardo. Somente algumas palavras vagas, escritas no pacote, servem de dicas para o que está dentro. Ei, que tal encarar um "Encontro às Cegas" com um livro no Dia dos Namorados?

(Imagem: reprodução/Elizabeth's Bookshop - "Blind Date With A Book")
A Elizabeth's Bookshop, em Newtown, está apostando no projeto "Blind Date With A Book" para incentivar a leitura aos aventureiros e, de quebra, facilitar a vida dos indecisos. Se você está tendo problemas para escolher qual livro ler em seguida, essa iniciativa é perfeita pra você. A promoção da loja australiana permite que os clientes comprem a obra misteriosa de presente para si ou para alguém especial. E, se a pessoa não gostar, você ainda tem a oportunidade de dizer: "não é minha culpa a escolha!".

O esquema é bem simples. Você escolhe o livro baseado na descrição escrita pela equipe em uma capa de papel marrom. Algumas palavras-chaves são tudo o que eles disponibilizam de pistas. Não é impossível identificar o gênero literário e, se você for especialista na área, até mesmo o título ou o autor . Por exemplo, se você gosta de romance, basta procurar palavras que envolvam o tema como "amor" ou "casal".pode ser revelado. 

(Imagem: reprodução/Elizabeth's Bookshop - "Blind Date With a Book")
(Imagem: reprodução/Elizabeth's Bookshop - "Blind Date With a Book")
"Blind Date With a Book" é uma aventura curiosa. Algo que todo mundo deveria experimentar um dia. Dar um salto de fé pode acabar se transformando em sua futura obra favorita. Portanto, coloque a venda - invisível - nos olhos e se arrisca. Ok, pra quem está na Austrália, fica mais fácil. Lá, a Elizabeth até permite que você devolva a obra caso seja lida antes de sete dias - a loja também é famosa pela cadeia de sebos. Já, por aqui, você pode transformar um livro em algo ainda mais original seguindo o esquema gringo. Um presente super especial para você arrasar nesse Dia dos Namorados - ou em qualquer outra época do ano - com um amante da literatura.

Curtiu a ideia? O Meg's quer saber como seria o seu "encontro às cegas" literário perfeito.

Emily Antonetti

Um Mais Um – Jojo Moyes em outro estilo


Quando o assunto é Jojo Moyes, podemos esperar uma história super emocionante e recheada de lágrimas. Foi assim no meu caso com Como Eu Era Antes de Você, A Garota que Você Deixou Para Trás e dizem que A Última Carta de Amor, que eu tenho, mas ainda não li, segue esse mesmo caminho lacrimoso. Agora, com o livro mais recente da autora (Que eu ganhei de aniversário da Dudi, BEIJO, DUDI), Um Mais Um, é um estilo novo, mais leve e divertido, mas não menos cheio de emoção. Se você gosta das outras obras da escritora, mas está com um pé atrás nesse caso, por favor, não fique.


Um Mais Um não é tão trágico quanto os outros livros dela, mas confesso que uma vez rolou um chorinho fraco, não de tristeza e sim de lindeza. Jojo, como sempre, encheu meu coração com muito amor pelos seus personagens reais, cheios de defeitos, mimimis, mas que no fundo são bons e otimistas, apesar da sofrência quase sem fim. 

Um Mais Um é uma história sobre matemática. Aí você me fala “Ah, não! Teca, eu odeio matemática!”. Mas, não se preocupe, é uma matemática do bem, haha, que até nós de humanas conseguimos compreender. Mostra como a soma de algumas famílias destruídas pode formar um grupo feliz e amoroso, mesmo que diferenciado.

Ed Nichols é um gênio da computação e muito bem sucedido com sua empresa que cria softwares. Mas ele mete os pés pelas mãos quando, sem intenção, divulga informação privilegiada para uma ex-namorada de quem ele quer se livrar. Com um processo e uma investigação nas costas, sua vida tão ordenada e solitária perde o rumo.
Jojo Moyes

Já Jess Thomas é uma mãe solteira de 27 anos que faz das tripas coração para que o orçamento no fim do mês dê para cobrir as despesas. Ela cuida de Tanzie, filha de 10 anos que é um gêniozinho da matemática, e Nick, filho de 16 anos do ex-marido com a ex-esposa anterior a Jess, que sofre bullying constante pelo seu estilo alternativo de se vestir. Além de trabalhar como garçonete num bar e fazer bicos, Jess faz faxina em casas de alto padrão na cidade de veraneio onde mora, uma delas inclusive do insuportável e grosso Ed Nichols.

Tanzie, por ser tão inteligente, vai participar de uma olimpíada de matemática na Escócia. Ela precisa ganhar o grande prêmio para se matricular numa escola particular que irá ajudar a garota desenvolver todo seu potencial. O problema de Jess é conseguir ir até lá, já que mora na Inglaterra e está completamente sem dinheiro para a viagem. Após desastres acontecerem com o único meio de transporte que ela pode pagar, por brincadeira do destino Ed Nichols, seu patrão, será o responsável pela carona da família até o evento.

A partir daí são muitas horas com as quatro pessoas e mais um cachorro gigantesco e flatulento num carro de luxo, enjoos estomacais, comida suspeita, tensão no ar e risada numa viagem que tem tudo, mas tudo mesmo, para dar errado. Os problemas de todos ali são pesados e terríveis, mas Jojo Moyes sabe dar a leveza característica dos livros de sua autoria, com algumas tiradas inteligentes e engraçadas, além de um pouquinho de romance, é claro.

A interação e o envolvimento dos personagens crescem na medida em que o livro vai passando, e isso é bonito de se observar. O relacionamento é real, não aquele idealizado, tanto entre mãe e filhos quanto entre o casal. Todo mundo tem problema, todo mundo erra, mas, no final, o que prevalece é o caráter e o amor.

Uma história tragicômica (É incrível o poder de Jess e Ed de estragarem tudo o que tocam) que com certeza vai aquecer o seu coração e te fazer morrer de vontade de ler absolutamente tudo o que essa autora já escreveu na vida dela.

Recomendo bastante.



Teca Machado

Dica de filme: "The Duff"


Hoje quero falar sobre o filme The Duff. A adaptação do livro escrito por Kody Keplinger é uma boa para quem adora esses filmes de colégio sobre namoro e bullying. Não é tão bom quanto “Meninas Malvadas”, mas dá para se divertir para quem gosta desse gênero.

A trama acompanha Bianca (Mae Whitman), uma estudante de dezessete anos que além de passar pela pressão do Ensino Médio, precisa lidar com o fato de descobrir que é a “The Duff”, uma expressão usada pela galera dos colégios dos EUA para identificar uma “Designated ugly fat friend” (em nossa tradução livre, “típica amiga feia e gorda”) de sua turma. 

Bianca acaba se revoltando com essa designação e pede ajuda para Wesley ("Wes") Rush, um atleta popular da escola e que também é por acaso seu vizinho. Wes terá que ajudá-la a melhorar seu visual e Bianca, em troca, o ensinará como passar na matéria de Ciências.


O filme ainda traz Skyler Samuels (Os Feiticeitos de Waverly Place) e o gato do Robbie Amell, o primo do Stephen Amell de “Arrow”. Atualmente, ele está no ar deixando os telespectadores sem fôlego em “The Flash”.

Como em toda comédia adolescente, “The DUFF” também contará com intrigas, envolvimentos amorosos, disputa por popularidade, além, é claro, da luta pelo fim de estereótipos como aquele que dá nome ao filme. Faz um tempinho que assisti o trailer desse filme e então fiquei esperando para que ele fosse lançado aqui no Brasil, mas até agora não há nem uma previsão... A produção já está no dvd nos Estados Unidos e acabei assistindo online mesmo.

Assim como a Teca, não me canso de filmes em colégios, podem ser bobos, as histórias podem ser parecidas, mas ainda assim me divirto com os dramas adolescentes. The DUFF não traz grandes inovações, mas não deixou de ser divertido, além de trazer aquele romance fofo, que eu já estava esperando quando o filme começou. 

O filme é bobinho mesmo, nem comece a assistir se estiver procurando por uma história inspiradora, mesmo assim traz lições sobre amizade e sobre a importância de uma boa conversa.  Fica a dica!

Confira o trailer:



*Os direitos do livro no Brasil são da Editora Novo Século, porém ainda não foi definida uma data para o lançamento.

Larissa Klein
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