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A Garota no Trem – Thriller psicológico surpreendente


Na capa do livro A Garota no Trem, de Paula Hawkins, há uma chamada da Revista People que diz: “Se você gostou de Garota Exemplar, vai devorar esse thriller psicológico”. E é verdade, aquele clima de mistério, suspense, desaparecimento e falta de informações presentes nas duas obras são similares. E realmente eu devorei o livro. Confesso que Garota Exemplar, de Gillian Flynn, é mais surpreendente e genial, mas A Garota no Trem é também excelente e foi uma ótima experiência literária.


Fique tranquilo que essa resenha é sem spoilers. Leia sem moderação!

Em A Garota no Trem, Rachel perdeu o rumo da sua vida há dois anos. Depois de se tornar uma alcóolatra, ser trocada pela amante do marido, engordar, perder o emprego e sentir-se altamente infeliz, sua vida fica sem sentido, mas ainda assim todos os dias pega o trem das 8h04 para Londres, onde finge que trabalha. No caminho, ela vê as casas a beira da ferrovia e uma em especial é a sua preferida, a 15. Quase sempre vê o casal que mora na residência e os observa, criando em sua imaginação a vida perfeita que eles vivem e fica obcecada por eles.

Quando Megan, a mulher desse casal, desaparece e tem seu nome e história estampados nos jornais, Rachel sente que precisa ajudar, ainda mais que um dia antes, enquanto estava no trem, viu algo chocante acontecer na casa de número 15. Não só procura a polícia para relatar o que sabe, como se insere na vida dos envolvidos desse caso. E isso, apesar de trazer certo rumo e objetivo para a sua vida outra vez, pode botá-la em risco.

Paula Hawkins
Sabe os personagens bonzinhos, os mocinhos decentes e doces? Esqueça. Em A Garota no Trem ninguém é totalmente inocente. Rachel, a protagonista, é lotada de defeitos. Podemos dizer que ela é louca, psicótica, sem controle, lamuriosa, neurótica e stalker. Isso tudo fica bem claro desde o começo. Megan é o verdadeiro caso de “as aparências enganam”. Paula Hawkins fez um ótimo trabalho ao construir todos eles, principalmente Rachel, Megan, Anna, Scott e Tom. Mesmo que o foco seja nas mulheres, já que as três são narradoras alternadas em primeira pessoa, os homens também são parte importantíssima da trama.

A autora não entrega ao leitor nada de bandeja. Ele precisa ler, enxergar nas entrelinhas, para poder ter algumas pistas. Com bastantes reviravoltas, caminhos equivocados da investigação e lacunas de informações, já que nem sempre as narradoras são confiáveis, a obra consegue ser surpreendente. Pouco depois da metade eu imaginava o que tinha acontecido e quem tinha feito, mas acertei só metade da charada. Foi um tanto chocante quando a revelação enfim chegou.

O começo é um pouco devagar. Como todo mundo fala maravilhas de A Garota no Trem, você espera que já comece com o thriller a todo vapor. Mas Paula Hawkins vai nos apresentando Rachel e Megan, construindo a imagem das personagens na nossa cabeça, inserindo-as na história, e, só então, TCHAM, o caos toma conta. E quando ele acontece, se prepare que você não vai conseguir largar o livro enquanto ele não terminar (Apesar de ter momentos cansativos em que Rachel bebe, fica de ressaca física e moral e reflete, aí bebe de novo e vem a ressaca mais uma vez e assim por diante).

A Garota no Trem fez tanto sucesso mundo afora que os direitos dele já foram vendidos para um estúdio, que está preparando a adaptação do filme. Emily Blunt será Rachel, Rebecca Ferguson (De Missão Impossível 5) dará vida à Anna e Haley Bennett (De Letra e Música) interpretará Megan. Há rumores que Jared Leto pegue o papel de Scott e Chris Evans de Tom. Elenco sensacional, apesar de eu não imaginar Rachel bonita assim. Agora é esperar 2016 para o lançamento.

Recomendo muito.

Teca Machado



"Monster In Literature": infográfico classifica os personagens mais macabros dos livros!



"Ele estava pronto para correr, iria correr em um segundo ou dois, quando seu painel de controle mental tivesse lidado com o choque provocado pelos dois olhos amarelos brilhantes. Ele sentiu a superfície áspera do macadame sob os dedos e a fina camada de água fria fluindo ao redor. Viu-se se levantando e se afastando, e foi quando uma voz, perfeitamente lógica e um tanto agradável, falou com ele de dentro do bueiro.
— Oi, Georgie — disse a voz.
Havia um palhaço no bueiro. A luz lá dentro não era nada boa, mas era boa o bastante para George Denbrough ter certeza do que estava vendo... O palhaço segurava vários balões de todas as cores, como lindas frutas maduras, em uma das mãos. Na outra, segurava o barco de papel de George.
— Quer seu barco, Georgie? — O palhaço sorriu.
— Sim, claro — disse George, olhando para dentro do bueiro.
— E um balão? Tenho vermelho e verde e amarelo e azul...
— Eles flutuam?
— Flutuam? — O sorriso do palhaço se alargou. — Ah, sim, claro que sim. Flutuam! E tem algodão-doce...
George esticou a mão. O palhaço agarrou seu braço. E George viu o rosto do palhaço mudar. O que ele viu então era terrível o bastante para fazer suas piores fantasias da coisa no porão parecerem doces sonhos; o que ele viu destruiu sua sanidade em um golpe de uma garra... 
(IT - Stephen King) 
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Quase não há nada mais assustador do que um monstro aterrorizante numa obra literária e você estar sentado sozinho lendo em seu quarto escuro com o vento assobiando do lado de fora. Nesse momento, todos os sons se amplificam. A casa em silêncio faz você ouvir cada respiração sua e a imaginação corre loucamente das palavras que acabaram de ser ditas no papel. Concorda?

Aproveitando a vibe, nesse Halloween, a MorphSuits criou o "Monster In Literature" - um infográfico para celebrar todas as noites mal dormidas por causa da literatura. Após uma pesquisa aterrorizante, eles selecionaram algumas obras e classificaram seus monstros de acordo com a aparência, poderes e má intenção - criando a pontuação global de "grito". Ou seja, o quanto o nosso gogó trabalharia se encontrasse algum desses seres malignos em nosso caminho. 

O infográfico apresenta desde personagens populares como "O Prisioneiro de Azkaban", de Harry Potter, que tem uma pontuação de grito em 85%, até "Pennywise", o palhaço de IT, que arrebata 100% de pânico em gritos. 

Portanto, é hora de acomodar-se numa sala beeem iluminada, com um copo de leite quente do lado e alguma música alegre tocando em volume máximo para desfrutar de "Monters In Literature". Já, para os aventureiros de plantão, aproveite o Halloween - e o infográfico - para embarcar num novo título do gênero. Bom grito pra vocês! 




Emily Antonetti

"Scratch Night View": "raspar" é o novo colorir!


Todos nós já sentimos saudades da infância, não é mesmo? Tanto que, os livros para colorir voltados para adultos se apresentaram como a alternativa perfeita entre terapia e entretenimento nostálgico. Mas, se você já está cansado dessa avalanche de publicações do estilo, calma aí. Nos últimos meses, um novo hobby - ainda um pouco semelhante - foi silenciosamente encantando os adultos na Coreia do Sul com sua beleza simplista : o "Scratch Night View".

(Imagem: reprodução/Seul Lago - "Scratch Night View")
O estúdio de design Seul Lago criou um projeto de arte que promete vistas deslumbrantes da noite ao estilo "raspadinha". Tudo o que você precisa fazer é riscar a placa especial nas áreas especificadas para desvendar as belezas escondidas na escuridão. Ao invés de preencher os espaços em branco com lápis de cor, você irá utilizar uma caneta especial para desvendar as cores ocultas debaixo das áreas cinzas na placa preta.

(Imagem: reprodução/Seul Lago - "Scratch Night View")
(Imagem: reprodução/Seul Lago - "Scratch Night View")
(Imagem: reprodução/Seul Lago - "Scratch Night View")

Após riscar pacientemente cada pequeno ponto e linha, as placas - inicialmente monocromáticas - revelam um lindo cenário noturno envolvendo várias paisagens urbanas e monumentos históricos. Diversos skylines famosos estão prestes a se iluminarem no papel em locais como, por exemplo, New York, Hong Kong, Las Vegas, Londres e Paris.

(Imagem: reprodução/Seul Lago - "Scratch Night View")
O projeto chegou a ir para o KickStarter, mas logo levantou voo e ganhou espaço na loja online da Seul Lago. Para clientes fora da Coreia da Sul, "Scratch Night View" está disponível para compra pelo eBay, Amazon, EtsyTaobao. Existem dois tamanhos disponíveis para venda - um no formato original e outro em modelo de um cartão postal. O preço ainda é um pouco desanimador, entretanto o efeito final é digno de decoração. Vale a pena ficar de olho! Quem sabe essa tendência também chega por aqui. 

Curtiu a ideia? Você trocaria os livros para colorir por livros de raspadinha?

Emily Antonetti  

Simplesmente acontece

[ótimo]

Título: Simplesmente Acontece
Autora: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito

Sinopse:
Alex e Rosie se conhecem quando tem apenas 7 anos e logo se tornam melhores amigos. Apesar de alguns problemas e brigas bobas, eles compartilham tudo e sabem que sempre podem contar um com o outro. O tempo vai passando e essa amizade apenas se fortalece, mesmo com os diversos problemas que cada um tem que enfrentar, como a distância, relacionamentos, família, o contato entre os dois nunca deixa de existir. Conforme o tempo passa fica óbvio que o sentimento entre eles é maior que de uma amizade, mas mesmo assim os desencontros da vida sempre os mantém separados. Eles se casam, tem filhos, se separam, vivem traições, desempregos, brigas, que sempre os impedem de ficar juntos, por mais que seja o que os dois desejam.

Meu cantinho:
Simplesmente acontece é escrito todo através de e-mails, cartas, cartões, bilhetes, conversas em sala de bate papo ou em chats. Acho incrível quem faz trabalhos desse tipo, pois eu acredito que seja complicado transmitir tudo o que está acontecendo através dessas mensagens, apesar da autora fazer um trabalho esplêndido como se não houvesse qualquer dificuldade nisso. O livro é bem grosso e a princípio assusta, você acredita que levará um bom tempo para terminar a leitura, mas a verdade é que em uma tarde eu rapidamente devorei metade do livro.
Esse livro nos conta a história de dois melhores amigos, Alex e Rosie, que se conheceram quando crianças. Eles passam pela fase de “meninas são nojentas”, brigas de crianças, entram na adolescência, e apesar de namoros e outras pessoas, eles nunca se distanciam. Por isso, quando Alex se vê obrigado a mudar de país por conta do emprego do pai, Rosie não pensa duas vezes em se candidatar a uma vaga em uma universidade no mesmo país do amigo. Contudo, algo realmente inesperado acontece e Rosie vê sua vida virar de cabeça para baixo, ela é obrigada a desistir de seus sonhos e fica presa no seu país. Eu não posso dizer que fato é esse, caso contrário acabaria revelando alguns spoilers, mas a verdade é que esse acontecimento norteia grande parte dos fatos que se seguem. O que eu posso dizer é que eles nunca perdem contato, Rosie e Alex continuam trocando cartas, e-mails, cartões, mensagens, e fica óbvio que o sentimento que existe entre os dois é maior do que uma simples amizade. Acontece que tudo parece conspirar contra esses dois! A quantidade de desencontros que esse casal tem é absurdo! A angústia que eu sentia lendo era enorme. Tudo estava ali exposto, tudo tão simples, bastava uma mensagem, um enter, alguém sussurrar alguma coisa, alguém conspirar, uma iniciativa, uma carta entregue, um eu te amo, um incentivo, mas nada disso acontecia. Pelo contrário, quando um deles parecia decidido a falar algo alguém jogava uma perspectiva ruim (eu particularmente queria esganar Phil). O pior é que o tempo ia passando e eu achava que realmente não haveria final feliz, ou que seria tarde demais. Em um momento eles estão com dezoito anos, depois na casa dos vinte, dos trinta, dos quarenta (e nesse momento algo importante acontece e você acha que tudo será resolvido), e o tempo só passa e as folhas começam a acabar e a angústia só consome o leitor. Confesso que não foi o final que eu queria, acho que o tempo passou demais para os dois, eles viveram casamentos, separações, traições, filhos, entre diversas outras coisas, que apenas adiaram o momento deles estarem junto com quem realmente amam. Apesar disso, é um livro bom que nos faz refletir sobre coisas que deixamos passar, relacionamentos que mantemos por hábito, conveniência, ou qualquer outro motivo que não seja amor; que consome nosso tempo de viver coisas boas. Achamos que não, mas o tempo passa muito rápido, e não podemos fazer e viver coisas que não nos fazem feliz, pois uma hora o tempo irá acabar.
É um livro de amor, repleto de desencontros, que angústia o leitor que vê o tempo passar, mas não vê o final feliz. É um trabalho maravilhoso, que nos faz refletir. Recomendo a todos.

Volume único.
Dudi Kobayashi 

"M'Athchomaroon": é hora de aprender 25 novos idiomas - da ficção!


Ok, ok. Então, quer dizer que você já aperfeiçoou o seu francês, conquistou o temido "r" do alemão, dominou o ritmo do espanhol... mas, não sabe falar "élfico"? Nem "Dothraki"? Ou "Furbish"? Calma! Ainda dá tempo de aprender.

A escola Raybum Tours, no Reino Unido, preparou um infográfico para ajudar todos os amantes de línguas estrangeiras - da ficção, é claro - a se aventurarem! Eles listaram 25 idiomas que você realmente pode aprender a falar. Alguns, com um vocabulário de cerca de 3.000 palavras. 

Basta se arriscar. As opções variam de "Kriptoniano" de "Superman" até "Minionese" de "Meu Malvado Favorito". Tá, pode ser que essas línguas não te ajudem a pedir a comida num restaurante ou perguntar as horas. Entretanto, você vai se tornar um especialista em saudações aos amigos com um caloroso "Kaltxi" (Oi) em "Na'vi" a la "Avatar". E isso, é sempre útil...

Curtiu? É só checar o infográfico, seguir as instruções e virar o mestre tradutor do universo.     










Emily Antonetti

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