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E-mail: Sem bumerangues, por favor! (Parte II)




"Ei, Bea, 

seja sincera: qual o primeiro pensamento que cruza a sua mente quando desperta? Aquele flash. A centelha inicial. Como o primeiro feixe de luz que você vê cair do céu ao anoitecer. Silencioso, discreto e elegante. O atrevido do grupo. Que quer começar e já puxa os demais. O prelúdio para uma bela chuva de meteoros. 

Sim, daqueles que passam tão rapidamente que escapam e te deixam desorientada perguntando se a imaginação pregou uma peça. A propósito, você tenta rastreá-los ou fica onde está? Assim como cada passo deixa a sua marca, cada pensamento deixa algumas migalhas que te levam à ele. Que te levam até você mesma.

Te conto de hoje. Do aqui e agora. Do que vem em questão de segundos. Deste e-mail inacabado de desejos que escrevo. Inconcluso por definição, necessário por natureza. Te falo sem filtros. Na tranquilidade do silêncio e do aroma acolhedor que exala do café da manhã de algum desconhecido. 


Ah, garota, você sabe, gosto das pessoas que dizem o que pensam e que realmente pensam o que dizem. Que defendem suas ideias e emoções porque são suas e sinceras.  

Admiro as pessoas que vivem e não estão por aqui só para passar o tempo. Que se comprometem. Arriscam. Decidem. Que não aceitam um "não" como resposta absoluta. Pessoas que deixam marcas. Sabem o que querem e seguem em frente sem titubear. Dizem "sim", sem esperar.   

Me encantam as pessoas que dançam sem pensar. Melhor ainda, que cantam em voz alta. Não esperam que gostem. Elas desfrutam. Se deixam levar pelo momento. Pela canção. Pela emoção. Me encantam demais as pessoas que te arrastam a dançar com elas. 

Aprecio as pessoas que perdoam, mas não se esquecem. Que recordam sem rancor. Que aprendem com a experiência e passam a página. Caminham, correm e até voltam. Elas compreendem. 

É de se apaixonar as pessoas que surgem em nosso caminho no momento preciso. Como se estivessem esperando numa esquina. Em silêncio. Fazendo contas em voz baixa. Para aparecerem sem serem esperadas. Sem permitir que sejam criadas falsas expectativas ou promessas impossíveis. Que chegam e surpreendem. Surpreendem e são bem-vindas.

Amo as pessoas que te querem diariamente e não esperam que o calendário as recordem. Pessoas como você - que atravessa os meus pensamentos até sem pedir licença. 

Te respondendo: sim, Bea. Podemos nos aproximar pouco a pouco. Dar uma e outra volta. A felicidade é uma decisão. Me encontra no caminho? Sem bumerangues.

V."

Emily Antonetti

   

Um conto de inverno

O tom de creme predominava no salão. Suave como baunilha e calmante na medida certa. Flores e velas delicadas aqueciam os corações e coloriam as mesas do local. Do alto do céu improvisado, nuvens iluminadas derramavam chuvas de romantismo. Ainda era dia quando os convidados começaram a chegar. 

(Foto: reprodução/Dante Marcílio)
Aos poucos, todos os lugares iam sendo preenchidos - exceto um. O burburinho passou a tomar conta do som ambiente. No relógio, os ponteiros corriam apressados até o momento em que os ouvidos foram fisgados pelo badalar dos sinos. Todos os olhares se voltaram para o fundo do salão. Principalmente, um. O dele. Marejado e ansioso pelo que estava por vir. Foi nesse instante que o tempo parou.

Lá, na outra ponta, estava ela. Radiante. Com os olhos dançando em riso e a alma transbordando alegria. Era o sol tocando o chão em pleno inverno mato-grossense. O vestido longo, branco, arrastava seu charme rumo ao altar. A música tema dos dois acompanhava a bela noiva ao encontro com seu destino.

O buquê de flores vermelhas fazia morada nas mãos dela - intenso feito o amor que transbordava naquela cerimônia. Logo, o pai orgulhoso entregou sua princesa ao seu devido par. As palavras de bençãos ecoam no ar e são reforçadas pelo carinho que emana de todos os convidados. E é nessa sintonia que cantam os corações. 

Nos votos dele, o poema em forma de música de Bob Marley. Nos dela, seus dotes literários de dar vida às palavras. Em comum, o enredo sobre como se conheceram. A cadeira vazia na festa de aniversário que selou o "era uma vez". Duas versões de uma mesma história. A sinceridade desconcertante que faz a plateia se emocionar. 

O "sim" para a vida a dois é seguido por uma onda de abraços cheios de energia positiva. Um corredor de amigos e familiares salda os noivos com chuvas de arroz e sorrisos de felicidade. Após a saída à francesa, o casal retorna para exibir a sincronia valsando pela vida. No repertório, um mix de canções que fazem bailar com a leveza clássica de bolhas de sabão.

(Foto: reprodução/Dante Marcílio)
Um flash mob improvisado engole o casal apaixonado e direciona os dançarinos até a mesa principal. No alto do bolo, Paris renova as lembranças. Dessa vez, a capital mundial do amor cede sua torre ao enlace doce e recheado de ternura dos dois - repartindo sabores de velhas e novas memórias com todos os presentes. 

A lua toma conta do céu e dita o ritmo da noite - que estava só começando. Assim como o "felizes sempre" de Caio e Teca. 

(p.s.: e já estão comemorando bodas de plumas! )

Emily Antonetti   

O livros mais criativos do mundo


Um livro precisa ser criativo na história para chamar a atenção do leitor. Mas há também aquelas obras que são diferentes pelo formato e pelo objetivo pelo qual foram criadas. 

O site Livros e Pessoas fez um apanhado bem legal dos livros mais criativos já feitos no mundo.

O Livro Circular em Miniatura - 1480


Acredita-se que esse livrinho redondo foi feito lá por 1480. Era um livro de oração devocional cristã popular na Idade Média, escrito em latim e francês.

Apesar de ter apenas 9 centímetros de diâmetro, ele é composto por 266 páginas e tem 3 centímetros de espessura. O fecho é formado por monogramas em forma de letras do alfabeto gótico. O criador do “Codex Rotundus” foi um pintor anônimo de Bruges, na Bélgica.


O Livro de Cinto - 1589


O livro de cinto era uma obra pequena e portátil que a pessoa podia colocar no seu cinto. Havia um nó em uma parte da capa de couro exterior, que ficava seguro atrás do cinto.

Os Livros de Cintos eram comuns na Alemanha e nos Países Baixos entre 1400 e 1550.


O Livro Duplo - Século 16


Também conhecido como “dos-à-dos”, esse tipo de livro foi produzidos no século 16 e 17. Erik Kwakkel os apelidou de “irmãos siameses”.

É basicamente os “vira-viras” que temos hoje.


O Livro que pode ser lido de seis maneiras - Século 16


Uma variação do “vira-vira”, mas com mais opções. São seis livros num só e cada um tem o seu fecho individual.

Impresso na Alemanha, contém textos devocionais religiosos, incluindo uma obra de Martinho Lutero. Atualmente essa obra faz parte da coleção da Biblioteca Rogge em Strängnäs, na Suécia.


O Livro infantil em uma tábua - Século 17


Esse é um exemplar único de um tipo raro. Era um livro infantil chamado de “hornbook” (livro chifre). Ele geralmente continha o alfabeto e alguns textos curtos fáceis para ajudar no aprendizado.

O nome estranho, livro chifre, é porque os livros eram impressos em uma folha de papel e depois cobertos por um fino pedaço de chifre. Desse jeito, eles ficavam “a prova de crianças” e podiam cair no chão sem estragar.


O Livro de pressão a ar - 1949


Este é o primeiro exemplo do que surgiria após fundirmos o livro impresso com a tecnologia. A ‘Enciclopédia Mecânica’ pode ser considerada a antecessora do ebook.

Patenteado em 1949 por Ángela Ruiz Robles, este é um livro mecânico, elétrico e movido por pressão do ar. Operado com ar pressurizado, permite o leitor adicionar diferentes carretéis contendo o conteúdo da obra pré-carregado. Ele também tinha uma função de zoom, para que o leitor pudesse ampliar algum texto específico.

O único exemplar está exposto no Museu Nacional de Ciência e Tecnologia, em La Coruña, na Espanha.


O Livro impresso com Bluetooth - 2010


O “Blink” ganhou este nome graças a junção das palavras “book + link”.

O segredo do Blink, criado por Manolis Kelaidis do Royal College of Art de Londres, é que algumas partes do texto são impressas com tinta condutora, formando links ou botões nas páginas. Quando você toca em uma dessas palavras o livro vai enviar um comando para um computador próximo através de um módulo Bluetooth escondido na capa traseira.


O Livro que pode ser fumado - 2012


O Rapper Snoop Dogg lançou um livro com as letras de suas músicas, intitulado Rolling Words. As folhas do exemplar são de papel seda, o ideal para a confecção de baseados.

O livro tem o formato de uma caixa de fósforos, e como tal, o leitor pode usar a lateral para acender seus cigarros.

A tinta utilizada não é tóxica e não causa riscos à saúde, já as letras impressas não podemos precisar.


Um Livro que conta história usando silhuetas - 2014


O ‘Motion Silhouette’ é um incrível livro infantil de imagens criado pelos artistas japoneses Tathuhiko Nijima e Megumi Kajiwara.

O livro foi projetado para mostrar como usar o ambiente para mudar a percepção da obra, e fazer parte da história.

Entre as páginas existem minúsculos elementos pop-up. Quando o leitor vira a página, os pop-ups criam sombras fantasmagóricas que se movem livremente pela página.


O Livro Sensorial - 2014


Este livro explora novas formas de experiência de leitura. Intitulado The Girl Who Was Plugged In, ele foi criado por Felix Heibeck, Alexis Hope, e Julie Legault.

É composto de duas partes: o livro impresso com um conjunto de 150 LEDs programáveis encaixados na capa, e um colete com sistemas de aquecimento, vibração e compressão.

O livro, escrito por James Tiptree, é capaz de desencadear uma ampla gama de sensações. As emoções experimentadas pela protagonista são passadas para o colete, podendo haver uma mudança na taxa de pulsação (pressão através de sacos de ar infláveis), ou variações localizadas de temperatura.


O Livro que purifica água - 2014


Criado pela organização sem fins lucrativos WATERisLIFE, o chamado ‘Livro Potável’ não pode ser exatamente bebido , mas ajuda as pessoas a beber água pura. Ele está impresso em um papel de filtro capaz de matar bactérias mortais transmitidas pela água. Cada página é revestida com nanopartículas de prata, e é graças a elas que doenças como cólera e a febre tifoide são eliminadas instantaneamente.

Um único livro é capaz de fornecer água limpa para uma pessoa por até 4 anos. O que o torna uma leitura perfeita durante um apocalipse zumbi!


O Livro de capa mutável - 2014


Quando você está segurando este livro e vira as suas páginas, sua capa “aquece” com o calor do seu corpo, lentamente revelando o belo design.

Uma tinta térmica especial foi usada para produzir este efeito impressionante, e cada camada foi desenhada por um artista diferente, com ilustrações que vão sendo reveladas no decorrer da leitura.


O Livro que gera uma árvore - 2015


O livro é parte de uma campanha ecológica executada na Argentina por uma editora infantil e foi projetado para ensinar as crianças de onde os livros surgem.

Os textos e ilustrações foram impressos com uma tinta ecológica em um papel feito sem produtos químicos. Sementes de jacarandá são embutidas em suas páginas. Quando você planta o livro na terra e o rega regularmente, ele voltará a ser uma árvore.



É muita criatividade espalhada pelo mundo, né?

Teca Machado

O presente do meu grande amor

[ótimo]

Título: O presente do meu grande amor
Autores: Holly Black, Ally Carter, Matt De La Peña, Gayle Forman, Jenny Han, David Levithan, Kelly Link, Myra McEntire, Stephanie Perkins, Rainbow Rowell, Laini Taylor, Kiersten White.
Editora: Intrínseca

Sinopse:
Nesse livro organizado por Stephanie Perkins, temos uma coletânea de doze contos de história de natal. Temos “Meias-Noites” da Rainbow Rowell, “A Dama e a Raposa” de Kelly Link, “Anjos na neve” de Matt De La Peña, “Encontre-me na estrela do norte” de Jenny Han, “É um milagre de Yule, Charlie Brown”, de Stephanie Perkis, “Papai Noel por um dia” de David Levithan, “Krampuslauf” de Holly Black, “O que diabo você fez, Sophie Roth?” de Gayle Forman, “Baldes de cervejas e menino Jesus” de Myra McEntire, “Bem-vindo a Christmas, Califórnia” de Kiersten White, “Estrela de Belém” de Ally Carter, e por fim “A garota que despertou o sonhador” de Laini Taylor.

Meu cantinho:
Eu gostei muito desse livro! Geralmente quando eu leio coletâneas, tem sempre uma história que se destaca enquanto a maioria deixa a desejar, o que não aconteceu nesse caso. Eu conheço diversos dos escritores que compõem esse livro, já li trabalho deles, ou já ouvi falar coisas positivas. Quem reuniu esse grupo foi muito feliz, pois são todos escritores de qualidade, com trabalhos maravilhosos. A seguir vou falar um pouco de cada um dos trabalhos deles.
Começando com “Meias-Noites” da Rainbow Rowell. Dela eu já li Elanor&Park e Fangirl. Ela é o tipo de autora da qual eu não sei o que esperar, ela sempre me encanta ao mesmo tempo em que confunde gerando sentimentos ambíguos em relação aos personagens. Essa história não foi diferente, eu confesso que gostei muito do conto, dos personagens, ao mesmo tempo em que odeio algumas atitudes deles – mas acho que isso no fim, só os torna mais reais, pois eles parecem mais humanos.
Na meia-noite de 31 de dezembro 2014, a autora nos apresenta Mags, que aparentemente está de coração partido por conta de Noel. Depois disso, ela apresenta a meia-noite do mesmo dia de anos anteriores e podemos conhecê-los um pouco mais. Mags e Noel são amigos com personalidade muito diferentes, mas que se dão muito bem juntos. Acontece que Mags parece nutrir sentimentos além da amizade por Noel, mas toda meia-noite de cada ano novo ele escolher entrar beijando outra menina, enquanto ela fica sozinha. Eu não gosto de Noel por não perceber o sentimento de Mags, ou fingir não perceber durante tanto tempo, e não gosto de Mags por não conseguir de fato lutar por quem ela gosta. Ao mesmo tempo adoro a personalidade despojada de Noel e me agrada muito o jeito doce da Mags. Um conto que me causa sentimentos conflitantes, mas do qual eu definitivamente gostei.
Em seguida temos “A Dama e a Raposa” de Kelly Link. Eu não conhecia a autora, mas gostei muito do conto dela, ela mistura mistério e um pouco da magia de natal. Ela nos apresenta Miranda, uma garota que sempre passa o natal com a família Honeywell, por ser afilhada da Elspeth, que vem de família abastada, totalmente diferente da realidade em que vive. Toda noite de natal, quando neva, ela se depara com um jovem rapaz, Fenny, que fica do lado de fora, olhando para dentro da casa. Conforme os anos passam, ela espera ansiosamente seu encontro com ele, torce para que o natal chegue logo e para que haja neve, caso contrário ele não aparece. Miranda vai amadurecendo e envelhecendo, mas Fenny parece parado no tempo. Ela se apaixona por ele e ele parece corresponder, agora ela precisa descobrir o que o levou para fora desse mundo e como fazê-lo ficar além das noites de natal. Eu confesso que o final do conto não foi tudo o que eu esperava, mas o desenrolar do conto foi sim muito interessante.
“Anjos na neve” de Matt De La Peña foi outro conto do qual eu gostei do desenrolar, mas que me decepcionou um pouco quanto ao final, pois passa uma sensação de inacabado. Shy é um rapaz que conseguiu uma vaga na universidade por sua inteligência, mas que passa por dificuldades financeiras para se manter, e morre de medo de decepcionar os pais. Ele aceita cuidar do apartamento do seu chefe e da gata enquanto eles viajam no natal, acontece que uma nevasca o deixa preso dentro do prédio, sem qualquer dinheiro (pois seu chefe não pagou adiantado) e sem qualquer comida, além de alguns potes de iorgute que estão na geladeira. Ele começa a passar fome e a repensar suas escolhas, quando uma das vizinhas de seu chefe, Haley, aparece com problema no encanamento e precisa de um lugar para tomar banho. Haley é desconfiada quanto a integridade de Shy, enquanto ele é orgulhoso para compartilhar seus problemas e pedir ajuda. Juntos eles compartilham as conversas mais estranhas e quando por fim seus problemas são expostos um está pronto para ajudar ao outro.
O conto “Encontre-me na estrela do norte” de Jenny Han foi o mais natalino no sentido mágico. Ela traz a história de Natty, uma menina de descendência oriental que foi abandonada por sua mãe no trenó do Papai Noel, que a adotou como filha. Hoje ela vive no Polo Norte, onde nenhuma garota humana jamais morou. Ela vive cercada por duendes e acaba se apaixonando por um deles: Flynn. Ele parece não perceber Natty, e é sempre visto Elinor, uma duende linda, e juntos eles parecem formar um par perfeito. Natty tem que lidar constantemente com os comentários maldosos de Elinor sobre ela não ter um parceiro humano, mas a verdade é que ela já conheceu um rapaz uma vez quando saiu com Papai Noel e inclusive o beijou, mas seus sentimentos pertencem a Flynn. Esse conto foi particularmente curto, e eu fiquei encantada, apesar do final um tanto quanto triste que abriu um rombo no meu peito.
Eu adoro a Sthephanie Perkis, sou louca por Anna e o Beijo Francês, assim como por Lola e o garoto da casa ao lado. Lógico que o conto dela, “É um milagre de Yule, Charlie Brown”, também não fica para trás em qualidade. Foi definitivamente um dos contos que eu mais gostei! Marigold não está vivendo o melhor momento da sua vida, principalmente nessa época festiva, já que depois que seu pai largou sua mãe – porque ele tinha outra família – eles nunca mais comemoraram o Natal. Marigold faz curtas de comédia, e geralmente dubla todos, mas ela está tentando chamar a atenção de um estúdio em Atlanta, e precisa da voz de North. Ele é um dos rapazes da Família Drummond, que vende pinheiros no Natal em um terreno perto do seu apartamento. Quando ela ouve sua voz pela primeira vez, percebe que precisa dele como dublador. Ela tenta se aproximar dele e acaba saindo com uma árvore de natal gigante, que não tem como carregar, e sequer tem espaço no apartamento desorganizado onde vive, mas North a ajuda com a árvore, com o espaço, e alegra o natal de Marigold como a muito tempo não acontecia. É um conto divertido e terno ao mesmo tempo, definitivamente recomendo a leitura dele.
David Levithan é um dos meus autores preferidos, quando eu vi que ele tinha um conto nesse livro eu sabia que eu precisava tê-lo. Acontece que eu acabei me decepcionando um pouco com “Papai Noel por um dia”. O conto dele foi muito triste, muito trágico e muito sombrio. O rapaz se fantasia de Papai Noel para que a irmã do namorado (que não assumiu ele para a família) não se dê conta que o Papai Noel não existe, agora que o pai que fazia esse papel abandonou a família. No meio da noite ele se depara com a outra irmã rancorosa, com a mãe devastada e fica com medo de buscar aquele que ama. Geralmente você espera que um conto de natal seja contentamento, mas eu achei uma história muito pesada e triste.
O conto “Krampuslauf” de Holly Black foi outro mágico e um tanto quanto esquisito. Ele começa com um trio de amigas que vão bolar uma festa para desmascarar o namorado de uma delas que está traindo a garota. Acontece que elas começam a empolgar na festa e querem fazer um super evento e por acaso uma delas convida um garoto fantasiado de Krampus, o companheiro demoníaco do Papai Noel que transforma totalmente a noite - porque na verdade ele não é um garoto e seu corpo não é um fantasia. O conto foi estranho, tem um desenrolar um tanto quanto desconectado, acho que foi um dos que eu menos gostei.
“O que diabo você fez, Sophie Roth?” de Gayle Forman, foi um conto muito fofo que me surpreendeu. Sophie Roth é uma menina que indaga uma vez atrás da outra sobre o que ela está fazendo, porque parece que ela só comete um erro atrás do outro. Por ganhar uma bolsa integral ela acaba indo para uma universidade em uma cidade no meio do nada, onde todos parecem achar que ela é esquisita. Ela acaba ficando presa lá por conta dos preços da passagem e vai perder o Chanucá com sua família, e não tem ninguém para falar sobre isso, pois ali todos sabem apenas o que é o natal. Evitando ficar sozinha ela saí andando pela cidade quando esbarra com Russell. Um cara bacana, que parece entendê-la, não a acha estranha, e apesar de alguns “O que diabo você fez, Sophie Roth?” ela não coloca tudo a perder e recebe um verdadeiro milagre.
“Baldes de cervejas e menino Jesus” de Myra McEntire, foi um conto fofinho, engraçadinho, mas nada excepcional. Nele somos apresentados para Vaughn, um menino que teve problemas na infância e por conta disso acabou virando o típico “garoto problema”. Ele tem uma mente maligna que se amplia e consegue visualizar planos para as mais diversas traquinagens. Acontece que um desses planos tem conseqüências graves, com um pacote de bombinhas ele coloca fogo na igreja e a “opção” que o juizado de menores oferece é trabalho voluntário para a igreja que ele ajudou a queimar. Ele precisa ajudar a organizar todo o cenário da peça de fim de ano, que também foi queimada. Acontece que durante a peça, tudo parece dar errado, e Vaughn tem a chance de usar seu cérebro engenhoso para bolar um plano que ajude a todos, e quem sabe ainda conquistar Gracie, a filha do pastor da igreja, por quem ele está apaixonado.
O conto “Bem-vindo a Christmas, Califórnia” de Kiersten White, foi um conto bonito por falar a respeito de laços familiares, ter um foco no amor de uma família. A mãe de Maria fugiu do pai dela quando ela ainda era pequena, se estabeleceu na pequena Christmas e lá se casou com outro homem. Acontece que ela se vê como uma intrusa nessa família e junta todo o dinheiro que pode para fugir daquela cidade. Quando o novo cozinheiro da lanchonete da mãe chega a cidade, ela se vê encantada por um cara com um dom culinário, que sabe exatamente o que cozinhar pra lhe fazer feliz. Através desse dom e das conversas com ele, ela se abre com a mãe e descobre que nem tudo é como ela imaginava ser. Definitivamente um conto belíssimo, não falo mais sobre ele para não revelar spoilers, mas certamente me conquistou!
O conto “Estrela de Belém” de Ally Carter foi uma história bem diferente. Uma menina está fugindo do mundo, e no aeroporto ela se depara com uma garota desesperada, querendo ir para Nova York encontrar o namorado que ela ama, quando sua passagem a leva para o namorado com quem ela não quer estar. Ela gentilmente troca sua passagem com a garota, sem saber aonde irá parar. Ela então se depara com uma família, que mora totalmente isolada, que acha que ela é irlandesa, e com o namorado lindo de outra menina. Ela precisa desesperadamente fugir, mas o sentimento de aconchego e de amor de todas aquelas pessoas faz com que ela resista a ir embora. Achei interessante o final, porque não suspeitava do motivo pela qual ela estava fugindo, o fechamento foi certamente interessante.
Por fim temos “A garota que despertou o sonhador” de Laini Taylor, que foi um dos contos mais absurdos desse livro, o que é bem a cara da autora. Ela nos traz Neve, uma menina órfã, de cabelos rosa, que tem uma única chance de sobreviver: achar alguém que se interesse em casar com ela, caso contrário, quando se tornar maior de idade, certamente morrerá de fome naquela ilha. Acontece que o terrível pastor passa a cortejá-la, um homem ruim, que já desposou diversas mulheres, e todas morreram de forma terrível. Ela então pede forças a uma antiga entidade esquecida, e desperta um ser que está disposto ajudá-la, e que se encanta com sua pureza. Um conto diferente, com um final bem singular.
No geral todos os contos são muito interessantes, uma coletânea maravilhosa que vale a pena adquirir. Certamente recomendo a leitura.

Volume único.
Dudi Kobayashi 

Old but gold: confira as princesas da Disney nos dias atuais

Recentemente, o artista brasileiro Isaque Arêas criou uma série de desenhos das nossas queridas princesas da Disney nos dias de hoje, caso tivessem envelhecido. Eu adorei o trabalho dele, além disso, acabei descobrindo as idades das princesas, fiquei surpresa como elas são tão novinhas, e como já estariam velhinhas hoje em dia! 

Confira as ilustrações:
Branca de Neve foi a princesa mais novinha, portanto agora a mais velhinha!

Cinderela foi a mais velha das princesas, com seus 19 aninhos!

Acho que ela está bem conservada para quem tem 72 anos!

Já a Ariel está um pouco caidinha para quem só tem 42 aninhos!

A Bela continua bela e com um corpão!

Jasmine a mais nova nos dias atuais!

Minha única consideração: onde está a Mulan? Sei que ela não é uma princesa nos filmes, mas muitas vezes aparece como Princesa da Disney! Queria ver ela velhinha!

Hoje o post não teve relação com livros (ultimamente só tenho postado resenhas), mas espero que tenham gostado :)

Dudi Kobayashi 


Animais Disney como humanos


Nos desenhos da Disney às vezes os animais chamam mais a atenção dos que os personagens humanos. Eles são tão expressivos, com personalidade, divertidos (ou rabugentos), que a artista norte americana Alaina Blaine pensou “Como eles seriam se fossem humanos?”. O resultado são ilustrações muito bacanas.

Ela conta no site Bored Panda que decidiu desenhá-los no estilo de traço dos filmes de onde são para que a linguagem e o conceito original fossem mantidos.

A Dama e o Vagabundo




Os Aristogatos – Duquesa e Thomas




O Rei Leão – Nala e Simba




Mogli – Bagheera e Baloo




Bolt – Mittens e Bolt




Oliver e sua Turma – Dodger, Oliver e Rita




Tarzan - Terk e Tantor




Cavalos de vários filmes – Samson (A Bela Adormecida), Pegasus (Hércules), Frou Frou (Os Aristogatos) e Khan (Mulan)




Fonte: Bored Panda

Senti falta de ver o Mushu, de Mulan, o Pascal e o Max, de Enrolados e o Timão, de O Rei Leão. 

Teca Machado



A Garota no Trem – Thriller psicológico surpreendente


Na capa do livro A Garota no Trem, de Paula Hawkins, há uma chamada da Revista People que diz: “Se você gostou de Garota Exemplar, vai devorar esse thriller psicológico”. E é verdade, aquele clima de mistério, suspense, desaparecimento e falta de informações presentes nas duas obras são similares. E realmente eu devorei o livro. Confesso que Garota Exemplar, de Gillian Flynn, é mais surpreendente e genial, mas A Garota no Trem é também excelente e foi uma ótima experiência literária.


Fique tranquilo que essa resenha é sem spoilers. Leia sem moderação!

Em A Garota no Trem, Rachel perdeu o rumo da sua vida há dois anos. Depois de se tornar uma alcóolatra, ser trocada pela amante do marido, engordar, perder o emprego e sentir-se altamente infeliz, sua vida fica sem sentido, mas ainda assim todos os dias pega o trem das 8h04 para Londres, onde finge que trabalha. No caminho, ela vê as casas a beira da ferrovia e uma em especial é a sua preferida, a 15. Quase sempre vê o casal que mora na residência e os observa, criando em sua imaginação a vida perfeita que eles vivem e fica obcecada por eles.

Quando Megan, a mulher desse casal, desaparece e tem seu nome e história estampados nos jornais, Rachel sente que precisa ajudar, ainda mais que um dia antes, enquanto estava no trem, viu algo chocante acontecer na casa de número 15. Não só procura a polícia para relatar o que sabe, como se insere na vida dos envolvidos desse caso. E isso, apesar de trazer certo rumo e objetivo para a sua vida outra vez, pode botá-la em risco.

Paula Hawkins
Sabe os personagens bonzinhos, os mocinhos decentes e doces? Esqueça. Em A Garota no Trem ninguém é totalmente inocente. Rachel, a protagonista, é lotada de defeitos. Podemos dizer que ela é louca, psicótica, sem controle, lamuriosa, neurótica e stalker. Isso tudo fica bem claro desde o começo. Megan é o verdadeiro caso de “as aparências enganam”. Paula Hawkins fez um ótimo trabalho ao construir todos eles, principalmente Rachel, Megan, Anna, Scott e Tom. Mesmo que o foco seja nas mulheres, já que as três são narradoras alternadas em primeira pessoa, os homens também são parte importantíssima da trama.

A autora não entrega ao leitor nada de bandeja. Ele precisa ler, enxergar nas entrelinhas, para poder ter algumas pistas. Com bastantes reviravoltas, caminhos equivocados da investigação e lacunas de informações, já que nem sempre as narradoras são confiáveis, a obra consegue ser surpreendente. Pouco depois da metade eu imaginava o que tinha acontecido e quem tinha feito, mas acertei só metade da charada. Foi um tanto chocante quando a revelação enfim chegou.

O começo é um pouco devagar. Como todo mundo fala maravilhas de A Garota no Trem, você espera que já comece com o thriller a todo vapor. Mas Paula Hawkins vai nos apresentando Rachel e Megan, construindo a imagem das personagens na nossa cabeça, inserindo-as na história, e, só então, TCHAM, o caos toma conta. E quando ele acontece, se prepare que você não vai conseguir largar o livro enquanto ele não terminar (Apesar de ter momentos cansativos em que Rachel bebe, fica de ressaca física e moral e reflete, aí bebe de novo e vem a ressaca mais uma vez e assim por diante).

A Garota no Trem fez tanto sucesso mundo afora que os direitos dele já foram vendidos para um estúdio, que está preparando a adaptação do filme. Emily Blunt será Rachel, Rebecca Ferguson (De Missão Impossível 5) dará vida à Anna e Haley Bennett (De Letra e Música) interpretará Megan. Há rumores que Jared Leto pegue o papel de Scott e Chris Evans de Tom. Elenco sensacional, apesar de eu não imaginar Rachel bonita assim. Agora é esperar 2016 para o lançamento.

Recomendo muito.

Teca Machado



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