Boyhood - Da Infância à Juventude – Um filme com o Q especial da vida real

Sabe aqueles filmes que relatam a vida real? Aqueles que nos fazem reconhecer cada época passada e que nos identificamos com as músicas, com a modinha da época e até com os cortes de cabelos mais conhecidos? Boyhood - Da Infância à Juventude é assim!

Uma obra-prima jamais feita pelo cinema mundial!

Estou extasiada com a criatividade e ideia central da história!

Foram 12 anos, isso mesmo, 12 anos de gravação sigilosa. Calma, eu explico direito, acontece que o filme se passa nesse período só que na vida real. Os produtores (Linklater) foram tão audaciosos que resolveram criar um filme com roteiro real. Tudo começa em 2002, com atores mirins e conta a história de um casal de pais divorciados (Ethan Hawke e Patricia Arquette) que tenta criar seu filho Mason (Ellar Coltrane). A narrativa percorre a vida do menino durante um período de doze anos, da infância à juventude, e analisa sua relação com os pais conforme ele vai amadurecendo.

Com o passar dos anos, a gente vai identificando as mudanças físicas e psíquicas de cada um dos personagens, as mudanças de cidades, o amadurecimento das crianças, os namoros da mãe e a convivência com o pai distante, que ao mesmo tempo, tenta ser muito próximo dos filhos.

O protagonista é Mason, mas a irmã Samantha também possui cenas marcantes. O que me chamou mais atenção para o longa foi a novidade de gravar tantos anos em segredo. As cenas são marcadas por cada momento específico, até o boom do querido HARRY POTTER teve destaque, com uma festa para lá de emocionante, na qual todas aqui gostariam de ter presenciado. 

As briguinhas entre irmãos, com conflitos de lidar com pais separados, os padrastos, a adolescência e os namoros são relatados da forma mais natural possível, como realmente acontece na vida real.

Me surpreendi com o drama, adorei cada cena do filme e as passagens de tempo foram muito bem pensadas. Naturalidade é a palavra chave no longa. E a beleza está justamente nas situações mais simples, como uma mãe orgulhosa do filho que está formando ou com uma família cantando em roda. Esta última cena, por sinal, consegue emocionar o espectador. 

Deixei aqui o trailer do filme! Reparem como é tão mais interessante ter os mesmos atores, desde pequenos, sem substituição!

Não perca essa dica!

Bom filme!

Camila Almeida Gomes