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"Tamanho 44 não é gorda", de Meg Cabot

Já era tarde da noite e, apesar de o livro ser do gênero “chick-lit” (literatura para meninas), eu olhava toda hora para a porta e janelas. Qualquer barulho me assustava. Isto aconteceu quando eu estava lendo “A sangue frio”, de Truman Capote. A diferença é que a obra em minhas mãos chamava-se “Tamanho 44 também não é gorda”, da rainha dos adolescentes e jovens adultos, Meg Cabot (autora que dá nome a este blog e clube do livro).

O título, obviamente, é uma ironia. A personagem principal, Heather Wells, foi uma cantora pop de shopping na adolescência (igual a Robin de “How I met your mother”), mas, quando ganhou uns quilinhos a mais, foi demitida da produtora musical. Sua mãe fugiu para a Argentina com um amante e todo o dinheiro de Heather. Seu pai está na prisão há 20 anos por sonegação de impostos. E agora, a heroína, aos 29 anos, trabalha em um alojamento da Faculdade de Nova York, conhecido como “alojamento da morte”.


     
Isto porque coisas estranhas acontecem neste lugar. Coisas que, querendo ou não, Heather sempre acaba envolvendo-se. Talvez eu deva mencionar antes de qualquer coisa que “Tamanho 44 também não é gorda” é o segundo livro da série de mistérios de Heather Wells. O primeiro, chamado “Tamanho 42 não é gorda”, mostra a heroína indo atrás de um assassino que ninguém acredita que existe. Já neste segundo romance, todos sabem que tem um assassino a solta. Mas todos estão fazendo as perguntas erradas para as pessoas erradas, exceto por Wells. E isto a coloca em uma situação de vida ou morte – mais uma vez.

A história, como a maioria dos livros de Meg Cabot, é narrada em primeira pessoa. E é exatamente isto que dá leveza e o tom cômico à obra. Cabeças decapitadas, ossos no triturador de lixo e uma rede de tráfico de drogas dentro da faculdade são coisas geralmente pesadas e, diga-se de passagem, meio assustadoras. Mas sob os olhos de Heather, os mistérios são resolvidos com um “quê” de sarcasmo e bom humor. 

São através de livros como este (cito ainda o livro - e seriado - “Sex and the city”, de Candace Buchnell), que Nova York ganha seu apelo mundial para públicos de todas as idades. Mesmo não sendo sobre a cidade em si, é impossível não se imaginar no lugar de Heather com a maior metrópole do mundo coberta de neve, tomando um café moca na star bucks ou pegando um begal com cream chesse e bacon logo pela manhã.

Já na capa do livro, é dito sem rodeios: “É para os fans de chick lit”. Sinceramente, eu vejo essa classificação como uma forma de a arrogância literária diminuir o valor da obra. Não estou falando que é um Capote ou Dostoievski, longe de mim. Porém, como disse a escritora Tracy Chavelier, “É raro um livro que vence a batalha contra pálpebras caídas”. E desculpe-me a literatura universal, mas isso nunca aconteceu com “Crime e Castigo”.

Stéfanie Medeiros.

Observação: Texto publicado originalmente no site Olhar Conceito.

1 comentários:

  1. Eu gosto, mas não é o meu preferido da Meg Amor Nossa Diva Suprema, hehe.

    Beijooooos

    www.casosacasoselivros.com

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