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O Rei Branco

[ótimo]

Título: O Rei Branco
Autor: György Dragomán
Editora: Intrínseca

Sinopse:
Certo dia Dzsáta sai mais cedo da aula e encontra seu pai indo embora em um furgão, levado por alguns homens, esses insistem que o pai dele se apresse, mas ele é muito firme, ele pede cinco minutos para se despedir de seu filho, que esse tempo não vai fazer diferença e que eles devem ter filhos e sabem como é isso. Cinco minutos é o tempo que ele tem com o pai. Ele explica que os homens são seus colegas de trabalho, que aconteceu algo muito urgente e que ele vai ter que ficar uma semana fora, talvez um pouco mais. Mas que não é necessário que Dzsáta se preocupe, ele volta, enquanto isso ele deve ser um bom menino e tomar conta de sua mãe. Os cinco minutos acabam.
Já se passou meio ano desde que seu pai foi levado, as cartas são poucas, nelas seu pai escreve que logo ele estará de volta para casa, mas ele nunca volta. Ele perdeu o natal, o ano novo, mas Dzsáta ainda espera ansiosamente pelo retorno do pai. A verdade vem a tona quando certo dia os colegas de seu pai aparecem em sua casa querendo fazer uma busca e sua mãe se nega, eles então revelam para Dzsáta que seu pai foi preso por tramar contra o governo e que ele está fazendo trabalho forçado e que por ser uma pessoa fraca logo morrerá. O mundo do garoto muda com essa notícia, mas ainda há esperança, é preciso manter a esperança de que seu pai irá voltar.


Meu cantinho:

Esse é um livro que certamente é pouco divulgando. Sempre que eu vejo novos lançamentos, sinopses pela internet, indicações de livros, geralmente são os livros mais comuns, mais batidos. Normalmente livros como esse não ganham visibilidade em blogs de leitura. Eu sempre dou uma procurada pela internet para ver as novidades em livros, mas nunca li nada sobre ele. Esse livro foi de fato um achado meu. Encontrei O Rei Branco perdido nas prateleiras de uma livraria, e quando li a resenha do livro senti que a história parecia ser muito bonita e que eu precisava comprá-lo. Foi um investimento maravilhoso, parece meio clichê eu falar que ele te prende até a última página e que é impossível para de ler e não se emocionar, mas é exatamente o que esse livro fez comigo.
Essa história é definitivamente um dos mais bonitas e tristes que eu já li. É horrível você pensar em tudo o que essa criança passou, na inocência que aos poucos é tirada de Dzsáta, na esperança que ele se esforça para manter viva, no desejo sincero de rever seu pai. Não há como não se encantar com a história desse garoto e desejar sinceramente que seus desejos se realizem.
Eu geralmente me encanto muito com livros que são contados pelo ponto de vista de criança, e como elas encaram esse mundo de guerra e atrocidades no qual os adultos vivem. Ele mantém sua inocência o máximo de tempo possível, mas acaba sucumbindo aos poucos. Você vê Dzsáta assumindo as funções que antes eram do pai, com pequenas atitudes em casa, com pequenos gestos de carinho que geralmente o pai teria com a mãe. Eu terminei esse livro com o choro preso na garganta e um gostinho de quero mais. Recomendo!


Volume único.


Dudi Kobayashi 

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