O livro traz três contos de natal, cada um de um autor, mas todas relacionadas entre si, compartilhando não apenas os espaços, mas também os personagens. O primeiro conto é da Maureen Johnson, intitulado “O Expresso Jubileu”. Nele a jovem Jubileu se vê sozinha no Natal após seus pais terem sido presos na sala de exposição da Flobie, a loja que vende peças para a cidade de natal Flobie, numeradas e limitadas. Ela não poderá passar o natal com seu namorado Noah, que nem parece muito desanimado com a notícia. Ela então pega um trem para passar o natal com seus avós que atola na neve. Tudo parece cada vez pior, até que ela conhece Stuart que lhe oferece um lugar para passar o natal. Noah parece cada vez mais distante e Stuart a trata de um modo como seu namorado nunca a tratoum deixando a pobre menina confusa e dividida. No conto seguinte, “O milagre da torcida de natal”, de John Green, conta como Tobin, JP e Duke (que é uma garota), partem em busca de líderes de torcidas – Duke apenas de batatas assadas, no meio da nevasca. Entretanto, no decorrer da jornada Tobin percebe que seu real interesse não está nas líderes de torcidas, mas sim naquela menina que é sua melhor amiga com quem tanto combina. No último conto intitulado “O santo padroeiro dos porcos” da Lauren Myracle, temos Addie sofrendo com o termino do namoro – que ela mesma ocasionou. O que ela não percebe é que para as coisas funcionarem ela precisa mudar, não apenas para ter seu namorado de volta, mas para manter suas amizades e bons relacionamentos, pois tudo o que ela consegue ver é como as coisas lhe afetam, ela não consegue deixar de ser egoísta, achando que o mundo gira ao redor dela.
Apesar de ser super fã do John Green achei o texto meio fraco e muito curto, o que eu mais gostei do o da Maureen. O livro não é nada espetacular, mas ainda assim uma leitura gostosa. Eu tirei da página oficial da Editora Rocco uma entrevista com os autores sobre processo de criação desse livros, de ondem vêm a inspiração de cada um deles, além de lembranças e tradições natalinas. Confiram:
Como vocês tiveram a ideia de escrever Deixe a neve cair?
Foi uma mistura das nossas ideias e das ideias da nossa editora. A editora entrou em contato conosco e perguntou se nós três gostaríamos de trabalhar juntos, e como já somos amigos há anos concordamos imediatamente. Depois de algumas ligações estabelecemos a premissa básica do livro: ele se passaria na Carolina do Norte perto da época do Natal, e haveria uma grande tempestade de neve que causaria diferentes problemas para os personagens envolvidos.(Foi a Maureen quem pensou no trem quebrado. Ela é a maluca.)
O quanto vocês combinaram as histórias?
Nossas histórias funcionam sozinhas, mas, de fato, trabalhamos juntos nos elementos da trama para que houvesse pontos em comum visíveis em cada uma. Basicamente, inventamos esses pontos em comum enquanto um contava sua história ao outro pelo telefone e ríamos, e depois concordamos em incluir algo novo em cada história. Nós também trabalhamos por muito tempo juntos durante a revisão do livro.
Como vocês conseguiram lidar com outros autores enquanto escreviam as três histórias, que se juntam no final? Alguém escreveu primeiro?
Maureen Johnson: A gente começou conversando muito pelo telefone, nós três. Cada um de nós vive em uma cidade diferente nos Estados Unidos, então não poderíamos nos encontrar pessoalmente. Ou seja, foram muitas ligações. Nós criamos um rascunho da história e da ordem em que elas apareceriam. Depois começamos a brincar e a pensar nas coisas que poderiam acontecer com os personagens das histórias dos outros. A conversa em que inventamos o grupo de líderes de torcida na Waffle House foi particularmente hilária.
Vocês tiveram um modelo em que se basearam para criar a cidade de Gracetown? Por que a história se passa em uma cidade inventada?
MJ: O modelo foi uma cidade chamada Asheville, na Carolina do Norte. Nós mudamos muita coisa para que ela se encaixasse no que precisávamos. Não precisávamos de um pedaço tão grande da cidade, só da autoestrada e de algumas lojas e casas. Grande parte da história se passa enquanto tudo está fechado por causa do feriado e da tempestade de neve.
Foi você que decidiu que escreveria a primeira história?
MJ: A gente tomou todas as decisões junto.
De onde você tira suas ideias, John? Elas são inspiradas no seu dia a dia? Você tirou alguma ideia da sua vida e a usou nos seus livros?
John Green: Eu uso, sim, histórias da minha vida nos livros (por exemplo, eu comi muitas vezes no restaurante em que se passam algumas partes de Deixe a neve cair), mas é mais comum que eu invente alguma coisa baseada em memórias que exagerei ou reinterpretei.
Você teve que fazer muita pesquisa para as informações que aparecem na história ou nas notas de rodapé?
JG: Muitas das coisas nas notas de rodapé eu já sabia porque sou um nerd e passo grande parte do meu tempo lendo, e durante a minha vida acabei descobrindo vários fatos obscuros. Mas, como a maioria dos escritores, eu faço, sim, muita pesquisa.
Enquanto está escrevendo, você tem consciência do fato de que sempre escreve da perspectiva de um garoto?
JG: Bem, A culpa é das estrelas, por exemplo, foi escrito do ponto de vista de uma jovem, mas eu gosto bastante de escrever sobre meninos, especialmente sobre meninos inteligentes que não se encaixam em ideais típicos de masculinidade. Gosto de escrever da perspectiva de um cara em parte porque quero entender por que garotos agem como agem. Os garotos na minha história em Deixe a neve cair são todos caras com quem eu passaria um tempo na vida real, acho.
Você diria que todos os seus livros têm algo em comum?
JG: Eu tendo a escrever sobre pessoas espertas que gostam de fazer coisas idiotas, acho.
De onde veio a ideia da Cidade do Papai Noel Flobie?
MJ: A Cidade do Papai Noel Flobie é baseada na Vila Natalina do Dickens, uma coleção de casinhas colecionáveis da minha mãe. Eu contei a ela que estava escrevendo uma história que envolveria suas casinhas e ela ficou bem animada. Mas ela queria deixar claro para todo mundo que ela jamais iria para a prisão só para tentar comprar uma Casa Natalina do Dickens.
De qual personagem você mais gosta? Lanalee, Allison, Jane, Owen, ou algum outro?
MJ: Provavelmente da Jane. Mas eu não sou tão esperta quanto ela.
Que tipo de tradição você tem no Natal?
Lauren Myracle: Na minha casa, nós sempre montamos um ferrorama em torno da árvore de Natal, e minha mãe me obrigava a fazer isso mesmo quando eu já tinha trinta anos, porque era uma tradição. Ainda bem que agora tenho um filhinho que adora trens, então nós montamos o ferrorama em volta da árvore juntos.
Por quanto tempo você acreditou no Papai Noel?
LM: Quando eu tinha mais ou menos quatro anos, perguntei ao meu pai por que o Papai Noel parecia não visitar as crianças pobres. Para mim, ele deveria visitar as crianças pobres primeiro, já que os pais delas não podiam comprar presentes, mas o que eu observava era que o Papai Noel parecia bem mais generoso com as crianças ricas. Toda essa história me parecia meio louca, a ideia de que o Papai Noel estava favorecendo crianças endinheiradas em vez das necessitadas. Isso fazia com que eu não gostasse muito dele, nem um pouco, na verdade. Não me ocorreu que o Papai Noel não existisse, porque eu achava impensável que meus pais pudessem mentir para mim assim tão descaradamente… Mas é isso aí.
E você, Maureen? O que o Natal significa para você?
MJ: Eu adoro o Natal. Não quero brigar com a Lauren e com o John, mas acho que, de nós três, devo ser a pessoa que mais adora o Natal. Estou escrevendo isso enquanto admiro minha árvore, que vejo por cima do computador, e uma vela natalina está acesa aqui perto. Eu estou pronta para o Natal o ano inteiro.
Você já morou em Rhode Island ou já visitou a cidade durante as férias?
MJ: Eu já visitei, mas nunca morei lá. Fica na Nova Inglaterra, que é uma parte dos Estados Unidos famosas por suas histórias sobre bruxas. Parecia o lugar certo para colocar alguns demônios.
Você acreditava em demônios? O que faria se um demônio aparecesse bem na sua frente?
MJ: Não. Eu ficaria extremamente surpresa.
Você gostaria de viver em outro corpo que não o seu?
MJ: Na verdade, não. Estou acostumada com este. Desejar algo novo nem sempre dá certo — gostar do que já tem me parece mais interessante. Esta é uma das lições do livro: tome cuidado com que você deseja!
Eu gostei da entrevista, divertida, mas com algumas perguntas bem malucas! O que vocês acharam? Deixem a opinião de vocês nos comentários! :)
Dudi Kobayashi
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Amei, já vi outras resenhas sobre este livro e fico curiosa para ler.
ResponderExcluirBeijo, beijo.
omundodeaugusta.blogspot.com
Oi, Flor! Tudo bom?
ResponderExcluirNão tive a oportunidade de ler esse livro ainda, mas sempre que meu caminho cruza com uma resenha, são sempre positivas, e me lembrar de que essa é uma história que vale a pena ler.
Gostei do fato de ser a editora que propôs essa ideia aos autores, sempre pode ser surpreendente quando uma equipe é formada. O clima entre eles parece ser ótimo, cada um escreveu sua própria história, e depois chegou a hora de dar o ponto crucial para a ligação das histórias, e tudo foi entre risadas!
Gostei muito mesmo da entrevista, e da energia compartilhada, sempre que penso sobre autores realizarem essa união para a criação de um livro, me parece que sempre sai uma briga, mas essa equipe está de parabéns. Vou ir mais atrás do meu exemplar e espero me encantar!
Parabéns pelo blog, estou amando seu cantinho e estou te seguindo! <3
Beijinhos,
www.percepcoes.blog.br
Fiquei com vontade de ler.. rs
ResponderExcluirAdorei a entrevista! Ri um pouquinho aqui sozinha... rs
bjin
http://monevenzel.blogspot.com.br/
Oi!
ResponderExcluirOlha eu aqui de novo.. ^^
Passando só pra dizer que marquei seu blog em uma TAG que respondi lá no meu blog! ^^
Dê uma passadinha e confira.
Se não achar muito chato, responda também! ^^
bjin
http://monevenzel.blogspot.com.br/2015/02/tag-liebster-award-2015.html