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Tempo de Matar, um livro para mexer com as suas emoções

Pena de morte. Até que ponto se é contra? Até que ponto se é a favor? Se dois drogados estupram, torturam e tentam matar uma menina de 10 anos, qual a pena que deveriam ter? E se um pai, chocado com todas estas barbaridades cometidas contra a filha, resolve fazer justiça com as próprias mãos, o que ele merece? Pelas leis do Mississípi, Estados Unidos, 20 anos de prisão para os primeiros e a cadeira elétrica para o segundo.

Tentando reverter este paradoxo legal, o advogado Jack Brigance enfrenta mais um problema para defender seu cliente, Carl Hailey, preso depois de matar os dois estupradores: o racismo. A opinião pública fica dividida entre os que apoiam a atitude de Hailey e os que não admitem que um negro acabe com um branco.

A Ku-klux-klan resolve comprar a briga. Os jurados e o juiz são ameaçados. O advogado de defesa tem sua casa incendiada, o marido de sua secretária é espancado e morre, sua estagiária sofre um atentado e seu segurança fica paralítico por causa de um tiro destinado a ele. E, pior, todos dizem que a causa é perdida.



Essa é a narrativa de "Tempo de Matar" o primeiro livro escrito pelo autor de inúmeros best-sellers, John Grisham. Na verdade o livro só chamou realmente a atenção dos leitores após a publicação de ‘A Firma’ e de ‘O Dossiê Pelicano’ (ambos com versões cinematográficas), best-sellers consagrados na literatura do gênero.

"Tempo de Matar" também virou um filme estrelado por Sandra Bullock, Matthew Mcconaughey e Samuel L. Jackson, todos bem novos. Eu acabei assistindo o filme primeiro que o livro, e tenho o DVD em casa. Um filme muito bom, que soube trazer os sentimentos do livro a tela, vale a pena conferir também. Acabei descobrindo o livro por acaso em casa, em meio aos livros antigos da minha mãe. Na verdade nem sei se era dela, quando era pequena, na minha família tias e primas tinham o costume de trocar livros. Quando vi que o livro era de John Grisham, um dos meus autores favoritos, resolvi ler, e que leitura!!



São 574 páginas de uma narrativa e personagens muito bem construídos. Um livro que traz sentimentos a tona em quanto você lê. Fiquei chocada, enfurecida, estarrecida, inconformada, uma confusão de sentimentos! Uma trama pesada, polêmica, difícil, mas a abordagem feita por John Grisham conseguiu prender minha atenção até o final do livro!

É um livro assustadoramente interessante. Em certo ponto, quando alcançamos o ponto de ebulição do julgamento, temos os membros da Ku Klux Klan agindo abertamente, saindo em passeatas, confrontos ‘pacificamente’ tensos com os negros de todos os cantos do país que vão à Clanton para apoiar Carl Lee e pedir sua absolvição.

A leitura é intensa, chocante e alguns momentos a impressão que temos é que não é possível que existissem situações como àquela acontecendo no mundo. Pessoas agindo irracionalmente diante do ódio racial, chegando a apoiar o estupro por se tratar de uma vítima negra.

"Mandou que imaginassem que a menina tinha cabelos louros e olhos azuis, que os dois estupradores eram negros, que eles amarraram o pé esquerdo dela numa cerca e o direito em uma árvore. Que a curraram repetidamente e xingaram porque ela era branca. Mandou que imaginassem a garotinha ali deitada, chamando pelo pai (...) E depois disse que imaginassem que a garotinha pertencia a eles, era sua filha."

A temática é pesada e altamente polêmica, mas tornou-se uma obra prima nas mãos de John Grisham. Se você deseja uma trama diferente, atraente, polêmica, não deixe de ler Tempo de Matar.

Larissa Klein

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